OS VINHOS E SEUS SEGREDOS.

Galera, outro dia, me pediram um help sobre vinho, e assim, não sou nenhum enófilo. Dou meus pulos, de acordo com a minha experiência de vida, conhecimento de lugares e pessoas e já tive o prazer de conhecer e aprender um pouco, mas eu parei para pensar; o vinho causa sempre duvidas nas pessoas, ainda mais quando vão usa – los como presente, então pesquisei um pouco e me deparei com esse texto ( matéria ) e adorei a forma da explicação e achei bem conclusiva, espero que gostem também.
DE UM METIDO A ENÓFILO!
‘O contexto’
Nesse pretensioso sumário descreveremos somente algumas dicas sobre os vinhos, seus produtores, as melhores regiões, as possibilidades desconhecidas de algumas regiões, algumas dicas sobre a enogastronomia e um pouco sobre outras bebidas.
– Os possíveis leitores desse texto poderão comentar:
– Esse cara metido a falar sobre bebidas deve ser um alcoólatra, um bêbado inveterado. 
– Não sou, juro que não sou! Posso ser um vinólatra, isso sim, mas alcoólatra não sou! 
– Alcoólatra é quem bebe pinga, cachaça, rabo de galo e essas misturas etílicas que existem por aí; vinólatra já é mais ‘chique’, mas precisa beber vinho bom, porque se for bebedor ou apreciador de vinho ruim não pode ser considerado um vinólatra.
Sabem por que daremos somente algumas dicas?
Primeiro, porque desconhecemos muitas delas. Somos só um ‘metido a enófilo’; há outros muito mais ‘conhecedores’ do que ‘este’ simples bebedor de vinhos. 
Segundo, porque para se conhecer vinhos, realmente, há a necessidade de no mínimo 3.000 anos de estudos e pesquisas. Os gregos e romanos, e mesmo os franceses, fazem isso há muito mais tempo e ainda não aprenderam tudo. 
– É fino, é chique, falar sobre vinhos. – Muitos são só ‘metidos’, como eu sou!
Mas, entre esses, alguns são verdadeiros estudiosos sobre a enologia; beberam, pesquisaram, participaram de degustações, viajaram pelos países produtores, enfim, dedicaram-se ao fino gosto de filosofar sobre a bebida nobre. Virou moda falar sobre vinhos; existem alguns que falam sobre os odores e sabores da bebida e possivelmente desconhecem o porquê do odor e de alguns sabores; não sabem que o vinho é o resultante de uma simples reação química e os cheiros, os odores e sabores são daí advindos. São emanações de ácidos diversos, de compostos que se formam na fermentação, na maturação, no barril, no contato com o ar, devido à umidade, à temperatura e de como são produzidos. … Mas muitos encontram odores fantásticos!
– Já ouvi até que o vinho tinha cheiro de ‘xixi de gato siamês’.
O sabor e odor mais característico é, quase sempre o do ‘carvalho’ do barril. E esse é o ‘grandesegredo atual de todos os vinhos e produtores:
– Tudo o que escrevemos abaixo é o que deveria ser, o verdadeiro e lógico processo e verdades sobre os bons vinhos;…os que eram produzidos com base em seu ‘terroir’, nas características da terra, do clima, e do armazenamento por anos a fio; mas, hoje, praticamente, todos os vinhos se ‘parecem’, ficaram iguais, e já não importa o ‘terroir’, o produtor, nada. 
– Atualmente os produtores fazem ‘pesquisas’, pagam empresas para saber ‘o quê o consumidor ‘gosta’, que tipo de vinho quer tomar; e, assim, ‘produzem vinhos de acordo com essas pesquisas: – Colocam aditivos, (como anis, por exemplo, raspas de carvalho) e controlam o pH com ‘aditivos moderadores’, e o mais importante é o barril de carvalho novo, o que dá o gosto característico de vinho ‘redondo, macio, sem acidez, ao gosto da maioria.
Portanto, os produtores tradicionais estão amargando o ‘saudosismo’, seus terroirs foram ‘para o brejo’…! 
Tudo é possível quando se fala sobre os vinhos.
Antes de iniciarmos as informações de que dispomos, conheçam alguns termos existentes no meio ‘enomaníaco’:
-Cuidado: -Tomar, pesquisar, falar, gostar de vinhos pode se tornar uma mania.
– Enólogo = Técnico na fabricação de vinhos. (Conhece a fabricação).
– Sommelière = Entendido em vinhos e suas combinações.
– Enogastrônomo = Mistura de sommelier com enófilo. Pensa que sabe mais.
– Enófilo = Gosta de vinhos, estuda-os e entende um pouco. Pouco.
– Enochato = Pensa que entende e enche o saco dos outros.
– Enopedante = Gosta só um pouco de vinho. Toma porque é chique.
– Enossensato = Entende um pouco sobre a bebida, estuda bastante, participa de degustações boas, viaja para conhecer as vinícolas e não se tornou um enochato ou enopedante.
– Enolojista = É dono de loja de vinho, mas não se contenta em ser só dono; compra horário na TV e fica dissertando sobre o ‘romantismo’ do vinho; muitas vezes torna-se antipático para a concorrência. Só ele entende de vinho e não deixa o cliente falar nada. Entretanto, há exceções!
– Enoplebe = Só toma vinho baratinho, desses de garrafão;…e gosta!
É importante e necessário ter os seguintes apetrechos, para ser um bom enófilo:
– Primeiro, óbvio, uma garrafa de um bom vinho. Não pode ser baratinho e docinho! – Desses “Da Casa”…
Falando-se em garrafas, salientamos que atualmente, (início séc.XXI) vários tipos e formatos são utilizados, mas os bons produtores ainda prezam pelos tipos convencionais em cada região; por exemplo:
– Tipo Bordeaux: – Compridas, altas, definidas com ‘pescoço’…
– De Borgonha: – Bojudas, fundo largo…
– Alsásia: (divisa da França com Alemanha) – Normalmente vinhos brancos – Altas e mais finas do que as de Borgonha.
– Um saca-rolha especial: – Existem alguns que não há necessidade de força para abrir.
– Um Decanter, (ou como queiram, um decantador): – Peça de vidro para ‘descansar’ o vinho e retirar todos os gases indesejáveis que ficam presos na garrafa.
– Tampas especiais para garrafas. (Caso sobrar vinho para ser tomado depois).
– Um extrator de ar da garrafa, também caso queira guardar a sobra de vinho.
(Isso é importante, porque o vinho ficará conservado por mais tempo;…evita a oxidação).
– Copos bojudos para vinho tinto e compridos para vinho branco. – Vinhos brancos podem ser tomados em copos para água, (não é muito conveniente). Pode tomá-lo em copo de champanhe ou prosseco.
Obs: Tome vinho tinto ou branco somente em copo de cristal. Isso não é frescura não! O vinho pode ser bem apreciado, até cheirado, e não fica bem beber um vinho bom em copo de requeijão, é ou não é?
Os copos para água que acompanham os vinhos devem ser sempre os maiores. 
– Copo menor para vinho e maior para água. – Muitos confundem isso. 
– E não podem ser muito grandes; alguns parecem ‘pinico’. 
– Copos normais são os indicados.
– UM BREVE HISTÓRICO:
– Historicamente o vinho nasceu no oriente, na região do Egito, mais ou menos, ali pela Mesopotâmia, mas foi a Grécia o seu verdadeiro berço distribuidor.
Os gregos, junto com os italianos, o disseminaram pelo mundo. Os gregos gostavam tanto de vinho que criaram até um deus próprio para ele, o Dionísio, similar ao Baco, o mesmo deus do vinho, dos bacanais, das farras, cultuado pelos romanos.
Os romanos antigos faziam orgias, ficavam peladões, criavam festas, somente para terem a desculpa de beber vinho. Essa bebida era a razão principal deles viverem.
Várias lendas contam o surgimento dessa bendita bebida. Ninguém sabe quem o inventou, e o mais certo é que tenha surgido por acidente. Sabe-se que o humano convive com as uvas silvestres há mais de um milhão de anos. 
A Videira ou a Vinha ainda é nativa em várias regiões do mundo, como: – França, Grécia e oriente.
Possivelmente, naqueles tempos longínquos, um incipiente lavrador, um egípcio grego, que tinha deixado de ser um andarilho e se acomodou em uma espaçosa caverna, confortável, bem arejada, com todos os utensílios domésticos da época;…uma tigela de barro, um machado de pedra, uma faca de lamina também de pedra e praticamente mais nada, tinha colhido umas frutinhas pretas nos arredores da sua ‘casa caverna’ e as deixou em um recipiente por muito tempo sem consumi-las, e elas fermentaram por si só. 
– O esquecido camponês viu aquele suco escurecido, espumoso, meio fedido e o bebeu. Eles comiam e bebiam qualquer coisa naqueles tempos longínquos. Sentiu euforia e um leve torpor, gostou da brincadeira e deixou mais uvas apodrecerem. Mas, depois disso, melhorou o processo: 
– Pegava um couro poroso e filtrava aquele suco escurecido! (simples suposição está bem? Não disse no início que falar sobre vinhos é filosofia pura?). – E filosofia é a arte de especular!
Dentre centenas de outras ‘estórias’ sobre o surgimento do vinho essa pode ser uma delas. 
– Hoje, a Grécia produz bons vinhos, pequena quantidade, mas consomem é o vinho dos vizinhos, principalmente dos italianos.
Conta à história que o 1º vinho com nome foi o Opimiano – safra ano 121-Antes de Cristo,produzido nos Vinhedos Falernun pelos romanos. – Dizem os textos apócrifos que O Messias e seus ‘camaradas’ eram chegados a um vinhozinho! Também, como os romanos, faziam festas e ceias com o pretexto único de beberem vinho. Como não tinham muita comida, porque eram muito pobres, bebiam-no simplesmente com pão não fermentado. 
– O Pedro ‘tomava’ bem! Ele gostava muito quando o Chefe convidava-o para as ceias. 
– Jesus só tomava vinho bom; afinal era o chefe! E era a maior fartura da bebida, porque o Messias sabia fabricá-la a partir da água pura. – Aliás, esse foi o seu primeiro milagre.
Até o Santo Graal, um símbolo sagrado, é uma taça de vinho!
Já o Maomé, nos anos de 600 depois do Cristo, proibiu o consumo de vinhos, dizendo que era um alimento do diabo. Dizem as más línguas que ele tomava escondido dos fiéis. Contam,inclusive, que ele dizia para os íntimos que se os fiéis fossem bonzinhos, durante a vida na Terra, poderiam tomar bons vinhos no paraíso quando morressem. (Juro que já me contaram isso!).
E no Brasil, a produção de vinho, ‘pra valer mesmo’, começou em São Paulo, capital, onde é hoje o bairro do Tatuapé. – Ali, o João da Silva Carrão, (hoje nome de bairro) tinha um sítio grande e plantava uvas…
Depois, vieram os Marengos e cultivaram novas cepas, deixando de lado a uva Isabel… 
O VINHO deve ser sagrado mesmo, porque as grandes vinhas e bons vinhos antigos eram produzidos, principalmente, pelos padres e frades católicos. O Napoleão, um dos ‘baixinhos invocados’ da história universal, tomou todas as vinícolas dos padres e não as devolveu até hoje. 
Vejam como os padres tinham influência na fabricação de bons vinhos:
– O vinho Champagne, da região do mesmo nome, foi praticamente ‘descoberto’ pelo padre Don Perignon! Ele foi o primeiro a ver as ‘bolhinhas’ da bebida. E atualmente um dos melhores champanhes que existem é justamente o ‘Don Perignon’.
Antes de conhecermos onde os vinhos são produzidos é interessante sabermos um pouco sobre as uvas, que é a matéria-prima básica dos vinhos. Existem mais de 1.000 variedades de uvas especiais para vinhos. 
Os principais países produtores estão se igualando em qualidade, e as castas especiais se adaptam bem em grande parte desses países.
– (Centenas de marcas e rótulos de vinhos são lançados anualmente, mas o importante em todas as vinícolas são os tipos de uvas utilizadas. – O bom vinho deve ser determinado e escolhido pela uva com que é produzido; cada tipo e casta produz vinhos diferentes, no sabor, na complexidade, no corpo e na alma dessa bendita bebida. 
Não se impressionem com rótulos, mas com as uvas e a Vinícola; com o processo e envelhecimento que utilizam).
– Escolham vinhos pelas uvas e pelo produtor.
AS PRINCIPAIS UTILIZADAS NA FABRICAÇÃO DO VINHO SÃO:
– A uva para ser considerada boa para a fabricação de vinhos tem que acumular no mínimo 1/3 do seu volume em açúcar. Somente o ‘terroir’ pode proporcionar isso. É justamente isso que não acontece com as uvas adaptadas no Brasil e em outras partes do mundo. Somente o solocom alto teor de calcário dá essa característica para a uva. 
– O calcário é o catalisador dos índices de acidez e açúcar do bom vinho. Por isso, osprodutores dos países onde o solo não é próprio para o cultivo de uvas, ou adicionam açúcar ou álcool de cereais nos seus vinhos, minimizando a sua qualidade. 
– (Vinhos bons não têm aditivos,…somente os mais fracos).
Vejamos as uvas:
– Cabernet Sauvignon: – Essa é uma das uvas mais cultivadas no mundo; é a principal uva da região de Bordeaux na França. Produz vinhos encorpados e refinados.
– Cabernet Franc: -É parecida com o Cabernet Sauvignon, porém mais suave.
– Merlot: -Também da região de Bordeaux/França. Quase tão importante como a Cabernet Sauvignon. Vinhos mais encorpados do que o Cabernet. Fortes e gostosos!
(A mistura de Merlot com cabernet produz vinhos ótimos, como O Pètrus, francês, por exemplo).
– Syrah ou Shiraz: -Cultivada originalmente na França, produz vinhos de cor roxa intensa.Sabor forte e frutado. Os grandes vinhos Chateau Neuf du Pape são produzidos com essa uva.
– Pinot Noir: -Uva dos principais vinhos da região da Borgonha/França. Nobre! Rainha! Está se adaptando bem em lugares distintos do ‘enomundo’. Produz vinhos de 1ª qualidade, como o Romanée-Conti por exemplo. Como varietal é a melhor uva do mundo, ao nosso gosto. Produz vinhos leves, claros, e a boa Champagne.
– Malbec: -Uva francesa para produzir vinhos encorpados. É a principal uva da Argentina atualmente. Vinhos leves. Na França essa uva é desprezada, pela má qualidade.
– Tempranillo: – Uva basicamente espanhola. Vinhos muito frutados. – É a uva básica do famoso Vega Cecilia, vinho de US$ 1,000.00 a garrafa no mínimo…
– Montepulcianno: – Uva italiana dos famosos vinhos D’Abruzzo. Encorpados.
– Sangiovese: -Parecida com a Montepulcianno, porém mais fina e a principal uva dos vinhos da região do Chianti, da Toscana, e dos bons Brunellos italianos. Vinhos mais ácidos.
– Nebbiolo: -Uva dos vinhos Barolo. Encorpados e fortes.
– Barbera: -Uva muito utilizada nos ‘cortes’ dos vinhos da região do Piemonte na Itália. Vinhos com alto teor alcoólico e encorpados.
– Dolcetto:- Vinhos finos de mesa/italianos.
– Cinsault: -Utilizadas nos vinhos, (uva europeia) da região do vale do Rhône, na França. Dá uma característica robusta ao vinho.
– Gamay: -Pronuncia-se ‘Gamé’. Produz vinhos suaves, leves e bons. Utilizada na fabricação dos vinhos da região do Beuajolais/França. Desenvolvida no Brasil, sem muito sucesso.
– Periquita: -Altamente utilizada nos vinhos finos de mesa portugueses. Misturada com as uvas tipos Castelões e Touriga produzem os vinhos com o nome Periquita.
– Pinot Gris: -Uva fina para a produção de espumantes e vinhos doces. Bons brancos são produzidos com ela.
– Primitivo – Zinfandel: – Uva do sul da Itália, basicamente da região de Puglia, (o salto da bota). Confunde-se com a uva Zinfandel em textura e sabor. Uvas antigas em vinhedos centenários. Vinhos frutados e sedosos. – Vinhos com a uva Primitivo são, para mim, os melhores da Italia…
– Nieluciu ou Nieluccio: – Uva de origem italiana, muito antiga, e adaptada na Ilha de Córsega, lá em baixo da Europa. Uva que produz vinho encorpado, ácido como a Sangiovese. 
– Aragonês: – Uva principal do Alentejo em Portugal.Vinhos de cor escura.
– Roriz: -Exclusiva de Portugal. Junto com a Arinto produz vinhos finos.
– Tinto Cão: -Também uva exclusiva de Portugal.
– Arinto: -Uva portuguesa para a produção dos vinhos da região do ‘Dão’.
– Jaqué: -Uva utilizada para a produção de vinhos caseiros nas centenas de quintas espalhadas pela Ilha da Madeira. Produz vinhos fortes e escuros. A família se reúne após a colheita e amassa as uvas com os pés…’ó pá!’
– É uma festa portuguesa, com certeza!
– Vinhão: – Uva do norte de Portugal na região do Vinho verde. (Os bons verdes são produzidos com essa uva).
– Carmenère: -Uva de origem francesa e desenvolvida recentemente no Chile. Produz vinhos frutados, fortes e ácidos. Bom para acompanhar carnes.
– Corvina: -É a uva principal dos vinhos Valpolicello, misturada com a uva Molinara.
– Pinotage: -Uva difundida na África do Sul. Esse país produz vinhos somente com qualidade razoável. Mais ou menos a qualidade Argentina.
– Tannat: -Uva principal dos vinhos uruguaios.
Os vinhos uruguaios têm a qualidade dos bons vinhos brasileiros, alguns são ótimos, principalmente com a uva Merlot, bem adaptada por lá. -Entretanto é a uva que tem o maior teor de taninos e polifenóis, bons para o coração.
– Trincadeira: -Uva portuguesa do Alentejo. Essa uva ‘cortada’ com Roriz produz vinhos bons.
– Furmint: -Uva bem adaptada na Hungria; produz bons vinhos brancos, semi doces e secos.
– Macabeo, Xarel-lo e Parellada; uvas da Catalunha, região de Barcelona. – Vinhos típicos e regionais.
Obs: – O Paraguai deve fazer algum vinho, mas com uvas ‘importadas’ do Brasil ou da Argentina. 
Como afirmamos, há mais de 1.000 tipos de uvas que podem ser usadas na fabricação de vinhos; mas são pouco utilizadas porque muitas se assemelham à outras já mais conhecidas e difundidas. 
Tomar vinhos com uvas de nomes esquisitos, difíceis de serem pronunciados, e ficar falando sobre isso, também é um pouco de ‘Enopedantismo’ e pode ser tornar ‘Enochatismo’. – Tome e pronto!
Entretanto, como ‘enocultura geral’ é válido conhecer algumas uvas raras e de nomes esquisitos.
Poucas uvas são diferentes umas das outras; muitas são da mesma ‘família’, ou são enxertos, e assim quase não podem ser diferenciadas. Isso é ‘coisa’ de enólogos e de agrônomos, não de simples “entendedores de vinho”.
‘Tem enófilos ou alguns sommelières que ‘adoram’ falar em uvas esquisitas;…decoram os nomes em livros e derramam suas sabedorias sobre os neófitos em ‘Enofilosofia”. … 
_ Conhece a uva ‘Egiodola’? …Perguntam com ‘cara de sábio’.
Agora, para quem gosta de vinho e não quer errar muito no paladar, tomem as conhecidas e boas ‘Cabernet Sauvignon, Merlot, Sirhaz, suas misturas, e até um Carmenère pode ser tomado. – O resto são ‘firulas’ e um meio de se conhecer bem o assunto; mas não se tornem ‘Enopedantes’, tudo bem!
Vejamos algumas uvas raras, difíceis de serem encontradas em lojas de vinhos e que fazem sucesso na sua origem:
– Em Portugal climatizaram uma uva que foi muito usada na França, mas deixada de lado porque lá não ouve uma boa climatização, de nome Alicante Bouschet, (enxerto entre a Petit Bouschet e a Granacha, criada por Henri Bouschet, um conhecido ‘plantador de uvas’). Produz vinhos fortes, escuros e macios.
– Na Espanha plantam uma uva rara que produz vinhos extraordinários, macios, frutados, de nome Mencia. Vinhos Tintos que lembram a uva Jaen Portuguesa.
– Itália: – Na região do Trento temos a uva Teroldego. Vinhos finos. 
– Na Umbria encontramos a uva Sagrantino para vinhos fortes, encorpados em com alto teor de tanino. Disputa com a Tannat uruguaia e com o Cabernet Sauvignon francês os maiores teores de polifenóis bons para o coração. 
– Na região vulcânica da Calábria produz-se vinhos encorpados, ácidos, com a uva Aglianico; uva antiga na região. 
– Já na Sicília podemos saborear vinhos ótimos com a Uva Petit Verdot. Essa uva é muito utilizada em Bordeaux- França para corte com Merlot e Cabernet Sauvignon. O Chile e a Austrália começam, (início séc. XXI) a produzir vinhos varietais com essa uva. – Vinhos finos e com pouco ‘tempo de carvalho’ torna-se sedoso, macio.
– E na França encontramos uvas raras e pouco conhecidas pelos ‘bebedores de vinho sul-americanos’, como a Savagnin, uva branca para a produção de vinhos tipo Jerez de nome Vin Jaune.
– Temos ainda a uva Carignan ou ‘Cariñena. Produz vinhos tintos sedosos excelentes. Muito difundida na região de Languedoc, sudoeste-sul francês e no Oriente Médio. 
– E a Callet, uva antiguíssima, fina, elegante lembrando o sabor de bons vinhos feitos comPinot-Noir e Syrah. Vinhos raros e caros, devido o baixo rendimento das vinhas; os cachos produzem poucas uvas.
– No Oriente Médio e Ásia utilizam muito as uvas europeias e algumas raras, como aGarignan, Cubuk, Bogazkere e Öküzgözü.
E para vinhos brancos, podem ser usadas as uvas citadas acima?
– Poder pode, mas modifica-se o processo de fermentação e de clareamento. Normalmente se utiliza claras de ovos para a o ‘branqueamento’ de vinhos produzidos com uvas tintas.
Existem castas excelentes somente para a fabricação de vinhos brancos:
Vejamos as principais utilizadas atualmente:
UVAS PARA VINHOS BRANCOS:
– Chardonnay: – Principal uva para os bons vinhos brancos. Suave, frutada e da Borgonha. Sem dúvida é a melhor para vinhos brancos; grandes vinhos saem dessa uva, para acompanharem um peixe grelhado ou cozido. Acompanha bem qualquer um. – Gosto de vinhos com essa uva…
– Sauvignon Blanc: – A 2ª uva mais utilizada no mundo para a produção de vinhos brancos. É ótima para acompanhar queijos frescos e de cabra. Uva de Bordeaux.
– Arneis: – Uva italiana usada para cortes com outras uvas.
– Moscato ou Moscatel: – Produz bons vinhos espumantes e licorosos. Principalmente em Portugal e Espanha. 
– Ao nosso paladar o melhor vinho tipo Moscatel é português, da Vinícola Bacalhoa, de Setúbal. (Moscatel de Setubal)…
– Torrontés, (Argentina) e Tarrantés, (Espanha): Vinhos brancos com sabor característico, forte, muito frutado, refrescante. Essa uva, dizem, é originária da Argentina, mas há controvérsias.
– Chenin Blanc: -Produz os vinhos doces tipo ‘Anjou’.
– Savagnin: – Região de Jura para produção de vinho tipo Jerez.
– Prosecco: – Uva originária na região do Veneto/Itália. Ótima para vinhos tipo Champagne. 
– Champagne é uma região francesa e somente lá pode ser produzido o vinho espumante com o nome de Champagne. Vinhos tipo Prosecco também somente podem ser fabricados com a uva Prosecco, caso contrário é espumante normal gaseificado.
– Viogner: – Uva típica do vale do Rhone – França. Ácida e frutada. Sabor de frutas cítricas. 
Uva muito ntiga e era utilizada como corte para vinhos. Está sendo produzida para a fabricação de bons vinhos brancos varietais. Voltou a ser uva nobre.
– Semillon: – Uva tipo espanhola para cortes com outras uvas. Similar a Resling. Muito ácida.
– Resling: – É a principal uva da Alemanha e da região da Alsacia/França. Produz vinhos muito secos e sabor ácido. Alemão gosta!
– Gewurztraminer: – Uva bem adaptada na região da Alsacia, mas está sendo difundida pelo mundo todo. Até o Brasil já faz seus ensaios com essa uva. A Casa Valduga, uma bodega rio-grandense, faz vinho branco com essa uva. A Austrália também tem bons vinhos com ela. Boa para acompanhar peixes cozidos, bem temperados, por exemplo. Os melhores são da Alsácia.Cada região, cada ‘DO’ no mundo, produz bem as suas uvas.
– Grúner Veltiner – Utilizada na Áustria para bons vinhos brancos…
– Ah, não sabem o que é DO?
– Simples, é a Denominação de Origem, é o ‘registro de nascimento’, são regras impostas aos produtores e regiões vinícolas, no mundo todo, por órgãos que determinam e especificam a qualidade do bom vinho e de onde deve e pode ser cultivada. – Somente os bons vinhos possuem DO; o resto, ou ainda irá receber um DO ou será bebida somente razoável para o resto da existência. (Vejam se no rótulo há a indicação ‘DO’…!).
Em algumas regiões do planeta, principalmente na Europa e alguns no Chile, há verdadeiros artistas no manuseio da uva. Ainda estão aprendendo, mas são grandes estudiosos, pesquisadores, e contam com clima, solo, vinhas, tudo perfeito. Não adianta insistir, sem o ‘terroir’ não há vinho bom. Sem a combinação perfeita de fatores climáticos, técnicos, terra, calcário, consegue-se somente vinhos razoáveis. Se for necessário adicionar qualquer aditivo no vinho, para melhorar suas características, a qualidade não pode nunca ser considerada boa. 
– Muitos fabricantes, para exportarem, utilizam de sulfitos como conservantes. Isso é muito ruim; conserva a bebida por mais tempo, mas coloca-se ‘enxofre’ no conteúdo.
Em vinho somente se mistura vinho.
OS PRINCIPAIS PRODUTORES DE VINHO:
– Antes de analisarmos os principais produtores mundiais temos que falar sobre o porquê os vinhos são bons em algumas regiões e ruins em outras. Lógico, que o terroir é o mais importante, (tipo de solo e clima estável). 
– A vinícola pode ter o melhor enólogo do mundo trabalhando lá, mas o pobre técnico somente conseguirá um vinhozinho razoável se o solo e o clima não forem bons. Já falamos sobre isso, mas sempre é bom repetir. Sem isso não há bom vinho. Parte da Europa é, hoje, onde se produz o melhor vinho:
– Primeiro, porque há mais de 7.000 anos eles fazem vinhos, e seriam muito burros se não tivessem aprendido.
– Segundo, porque tiveram uma grande sorte de possuírem uma faixa de terra e clima excelentes para o cultivo da vinha. Acredita-se que onde existe essa faixa de terra já foi um grande e caudaloso leito de rio pedregoso, há milhões de anos, e que deixou todos os nutrientes necessários para que um dia os europeus plantassem as suas vinhas. A Borgonha / França foi premiada.
Em toda essa faixa encontra-se o calcário, constituinte do solo, rico em cálcio. O cálcio é o responsável pelas transformações químicas do solo, proporcionando, junto com o clima estável, os teores de açúcar e acidez necessários para a produção de bons vinhos. Sem calcário não há bom vinho. É o catalisador químico das reações vinícolas perfeitas.
Em vários países do planeta poderiam plantar vinhas para a produção de ótimos vinhos; alguns países não plantam porque são ignorantes sobre suas reais possibilidades vinícolas e principalmente porque as grandes potências fabricantes de vinhos os desestimulam. Claro,fariam concorrência para eles!
A seguir, uma hipótese, mas se bem analisada pode ser uma teoria:
– Nota: – Esta hipótese é exclusiva desse humilde autor; caso alguém fale sobre ela, pode dizer que conhece o ‘dono’ da quase teoria, está bem?
Dissemos que o clima e os teores minerais da terra são importantes, por isso tudo o que se planta nos trópicos ‘vinga’ em grande quantidade e em ótima qualidade. Como todos sabemos, os trópicos (Câncer e Capricórnio) estão 20º acima e 20ª abaixo da linha do equador. Os países que ficam na linha do equador, propriamente dita, não são muito bons para a plantação de vinhas, porque o calor do sol ali é muito forte,…é um clima tórrido. 
As vinhas precisam de clima tropical, não pode nem ser temperado. – Tropical é o clima!
Tudo que ficar muito abaixo do trópico de câncer e muito acima do trópico de capricórnio, chegando à linha do equador, não é bom para as plantações. Acima do trópico de câncer e abaixo do de capricórnio, então, são muito ruins para se plantar. Salvo as terras localizadas na faixa europeia dos países latinos,…(França, Espanha, Itália e Portugal). A melhor é a Borgonha! – Essa faixa de terra, como já dissemos, foi abençoada e teve muita sorte por ter o terroir perfeito. Lá o solo é composto por cálcio.
Todos os países localizados perto dos trópicos são bons para a agricultura e principalmente para a vinicultura. A maioria desses países não sabe disso; no dia que descobrirem teremos grandes vinhos nessas regiões e a hegemonia dos europeus ficará em risco.
– Vejam como alguns países não conhecem suas condições de potenciais plantadores deVinhas:
– O Peru é um país onde o clima tropical e o solo proporcionariam ótimos vinhos. O Peru está encostado ao norte do Chile, e essa região chilena produz vinhos excepcionais, como os de Tarapacá. 
– Já tomaram vinhos da região de Tarapacá? Há alguns da vinícola com o mesmo nome que são excelentes; principalmente os Merlots e Cabernet Sauvignons.
– Voltando ao Peru, eu nunca vi vinho peruano. Existem, mas não são difundidos.
– O Equador e uma parte da Bolívia são bons para a produção de vinho.
– Em grande parte da Colômbia poder-se-ia plantar grandes extensões de vinhas, que daria certo. Poderiam inclusive substituir a coca por uva, fazendo uma ótima troca. Nunca se viu falar em ‘traficantes de vinhos’,…a não ser nos tempos antigos.
– Na Venezuela, no Panamá, na Nicarágua, Costa Rica, El Salvador, Guatemala e no sul do México as vinhas seriam bem vindas e teriam ótimos vinhos.
– A Venezuela, por exemplo, deveria se preocupar com isso e conseguir novas fontes de riqueza, já que o petróleo fedido, abundante em seu solo, é finito, acabará em breve e serão exportadores de ‘pollos’ e ‘bananas’…
O Brasil somente pode produzir bons vinhos nas regiões de Brasília, (Goiás) até parte do nordeste, (de Alagoas até o sul da Bahia). O nordeste irrigado seria o melhor lugar para se plantar e adaptar castas de uvas europeias. Tem o terroir que o sul e sudeste não têm. 
– A região irrigada de Petrolina, em Lagoa Grande, por exemplo, grandes vinhedos e grandes produtores de vinho se instalaram por lá. Bons vinhos são produzidos ali, diríamos que de razoáveis para bons, e alguns bem melhores que os encontrados no sul do país. O único problema é que os custos devem ser altos e os ‘donos’ das vinícolas estão exagerando nos preços. – O Sudeste e sul do Brasil estariam descartados; não há clima nem solos bons; lá os teores de minerais são insuficientes e a água é abundante. – Não serve para a produção de bons vinhos.
Somente o extremo norte da Argentina e do Chile poderão produzir excelentes vinhos.
…O resto é resto, e os vinhos serão fraquinhos.
– No Caribe também teríamos bons vinhos. Não só o rum, da cana de açúcar.
– Belize, sul de Cuba, toda a República Dominicana e quase todo o Haiti poderiam ter essa oportunidade agrícola e comercial. (Nunca ninguém disse isso ‘pra’ eles).
– Na América do Norte, somente o extremíssimo sul da Califórnia, (pequena parte) pode dar bons vinhos. O resto dos países norte americanos estão totalmente por fora, apesar de plantarem uva há séculos.
– Na África também poderíamos ter boas cepas: – No Senegal, em Gâmbia, na Guiné, na Mauritânia, na Nigéria, Chade, no norte do Sudão, no sul da Arábia Saudita, no norte da Etiópia, em Zâmbia, no sul da Tanzânia, no extremo sul de Angola e no extremo norte da África do Sul.
Na Austrália, (hoje um conhecido produtor de vinhos) o extremo norte é o melhor terreno para se plantar a vinha. Está se tornando um dos melhores produtores de vinhos, bons, sérios e competentes.
Além desses, o sul da Índia, a Tailândia, as Ilhas Maurício, o norte das Filipinas e o norte de Madagascar poderiam produzir excelentes bebidas.
No futuro os estudiosos reconhecerão a veracidade dessa análise, mas por enquanto seremos malhados, execrados e até amaldiçoados! – Como ousas dizer que o sul brasileiro não é bom para a produção de vinhos, dirão os entendidos! – Lá produzem-se vinhos, alguns, como já dissemos razoáveis, mas a adaptação das espécies boas para fabricação de uma boa bebida é muita sacrificada, lá não tem clima, o terroir é insuficiente. 
– Em compensação, tanto o sul brasileiro como parte do nordeste serão um dia os maiores e melhores produtores de espumantes do mundo, os proseccos.
– Essa uva, a prosecco, adaptou-se muito bem no nosso país. É diferente das outras cepas, como cabernet, merlot, pinot, malbec e outras; essas necessitam mais do terroir perfeito, não podem receber muita água, nem muito frio, nem muito vento, nem muito calor, e necessitam de calcário, muito cal natural, para catalisar a reação na fase fermentativa.
Podem crer e podem tomar sem medo, o nosso Prosecco é um dos melhores do planeta, melhor até que muitos dos italianos famosos. 
– Agora, como em tudo, não comprem Proseccos baratinhos, são porcarias e misturas.Desconfie de tudo que é muito baratinho! 
É como a gasolina, se for muito baratinho até o santo desconfia! Estragará o motor do seu carro; e o vinho baratinho estragará seu fígado e seu estômago.
Acreditamos até que os produtores sulistas deixarão ou diminuirão a produção de vinhos tintos e se dedicarão mais aos Proseccos. Cada coisa no seu lugar! 
– Cuidado com a diferença entre prosecco e moscatel. – O prosecco é uma imitação do champagne, produzido por um sistema diferente, enquanto o moscatel produz um tipo de espumante adocicado. Muda-se o processo de fabricação. A uva moscatel é própria para vinhos doces ou mais adocicados. Os vinhos bons para sobremesa.
Só uma sugestãozinha para os fabricantes de proseccos: 
– Produzam também os espumantes ‘demi-sec’ e reduzam os ‘brut’.
Não são todos os apreciadores de espumantes que gostam de ‘brut’ ou do tipo muito ‘dry’. 
A mulher, atualmente grande bebedora de espumantes, gosta mais do demi-sec. Isso é somente uma dica, tudo bem! 
– Vinho muito seco e ‘brut’ são mais apreciados por europeus. – O probleminha é que muitos vendedores de lojas e de supermercados se arvoram como sommelières; fizeram um cursinho qualquer e já entendem de vinhos ‘pra chuchu’! Muitos são bons de fato, mas a maioria deixa a desejar porque enche o potencial cliente de termos pedantes, fala muito em ‘custo benefício’;…só eles conhecem vinhos e tornam-se ‘enochatos’. O melhor que poderiam fazer é colocar vinhos bons, como oferta, na vitrine e deixarem o cliente escolher, dando-lhe, lógico, um suporte com simpatia e verdadeiro conhecimento. – Como alguns não conhecem o gosto do cliente, e nem se interessam, compram o ‘brut’;…só brut. Mas, como não temos personalidadeprópria, produzimos e importamos só ‘brut’. – Copiamos dos outros.
Sabemos hoje que o sul brasileiro produz vinhos, porque no início do século os imigrantes italianos foram praticamente mandados, empurrados, para lá. Foram enviados para as fazendas, na substituição do braço escravo. No início plantavam outras lavouras, mas a saudade do ‘vinhozinho’ da terra italiana, aquele que eles próprios faziam em suas casas, foi imperiosa e começaram a plantar umas mudas de uvas impróprias para a fabricação de bons vinhos, como o tipo ‘Isabel’, por exemplo.
– A ‘Isabel’ é boa pra chupar! – ‘Chupar a uva, ô ‘pornográfico’;… que mente suja, hein!
Como ainda não sabiam que o nordeste brasileiro seria o melhor lugar para se plantar vinha, ficaram pelo sul mesmo e tentam melhorar o terroir de lá. Se bem que algumas bodegas sulistas, de bons nomes, já entenderam que o futuro está na faixa tropical e estão plantando muito no vale do São Francisco irrigado. Estão inclusive tentando adaptar a uva ‘gamay’. – Que tal um bom ‘Beuajolais’ produzido no nordeste?
Tomem os proseccos nordestinos produzidos na região irrigada do São Francisco ou alguns do sul, só alguns…!
De qualquer maneira, continuemos tomando os vinhos a seguir:
1)-VINHOS BRASILEIROS:
– Qualidade razoável e produzidos em poucas vinícolas boas. – Alguns são muito ruins!
O Brasil é atualmente, (início do século XXI) o 6º produtor mundial de vinhos, razoáveis, mas é 55º em consumo. 
– Brasileiro não toma vinho, salvo algumas exceções. Poucos gostam, verdadeiramente, dele! Outros tomam só porque é ‘chique’…
Alguns são razoáveis. Procuram desenvolver vinhos com alta qualidade, mas esbarram sempre nos teores de sais minerais e outros nutrientes do solo brasileiro. Algumas vinícolas conseguem produzir bons vinhos, mas cobram muito pelo benefício apresentado. O problema é a quantidade que conseguiram produzir. 
Todos continuam na mesma qualidade,…razoável para bom…
Os espumantes tipo Prosecco da Salton e de outras boas vinícolas, menos os baratinhos, são bons razoáveis…
(Prosecco é nome da uva cultivada na Itália e adaptada no Brasil). 
O nordeste também faz proseccos razoáveis. – Alguns são muito melhores que os do sul…
A Salton saiu na frente, produzindo vinhos com uvas de castas selecionadas e consegue produzir alguns vinhos de razoáveis para bons, principalmente com a uva cabernet. 
Um vinho de nome Talent pode ser considerado de razoável para bom. Entretanto é caro, comparado a bons vinhos chilenos ou mesmo franceses. – Ainda são fracos, se comparados com um bom vinho chileno ou francês, mesmo argentinos bons e Uruguaios, tipo Merlot. cepas e diferentes uvas; o único problema é o terroir do sul. São de razoáveis para bons; igualam-se aos ‘normais’ argentinos. Produzem um vinho especial com a uva Arinarnoa, nova no Brasil, com bons resultados.
Por enquanto o restante não tem quase nenhuma qualidade, não porque os produtores sejam ruins, mas porque o solo do sul não tem os nutrientes necessários, nem clima, para fornecer naturalmente o teor alcoólico desejável. Os produtores precisam fazer os ‘cortes’, colocando açúcar ou álcool de cereais para atingirem o grau alcoólico e a acidez desejada. Não temos o terroir bom!
Entretanto, os espumantes ou proseccos brasileiros poderão, um dia, estar entre os melhores do mundo. – Melhores dificilmente serão, os espumantes italianos e espanhóis são excepcionais…
As técnicas, as castas de uvas utilizadas, como a Pinot Noir usada para a fabricação dos melhores ‘Champagnes da Borgonha’, e o solo preparado darão ao país o título de melhor produtor de prosecco do planeta. Somente os espumantes produzidos com a uva Prosecco pode usar o nome Prosecco, o resto é espumante. 
– Os da Rio Sol / Dão no nordeste, também são de razoáveis para bons e melhores que os vinhos do sul.
Surgem novas vinícolas no sul, e todas produzirão vinhos somente razoáveis. 
– Comprovando que vinho não é produzido somente em regiões frias, mas sim em regiões com o clima variável, (terras boas, chuvas não torrenciais, sol, calor e frio na medida certa, ou o que os franceses chamam de terroir) e onde o solo tenha os nutrientes certos para fornecer a acidez e o teor alcoólico naturais ao vinho, o nordeste brasileiro, região do Rio São Francisco (irrigada) vem produzindo vinhos de qualidade, muitas vezes superiores aos do Rio Grande do Sul; principalmente com as uvas Sirah ou Shiraz e Cabernet, na fabricação de vinhos tintos. 
– Mas os tintos e os brancos serão só razoáveis. Diríamos que ‘podem ser bebidos’. 
– Algumas correções de solo estão sendo efetuadas na região e em breve o nordeste poderá ser o grande produtor de razoáveis bons vinhos tintos brasileiros. A Região irrigada do São Francisco, principalmente em Lagoa Grande, sul de Pernambuco, o clima é o ideal para bons vinhos: – Lá chove regularmente, principalmente após o início da irrigação, faz frio durante as madrugadas, frio durante o inverno regional, e o calor não é abrasador como pensam os que não conhecem a região. Se analisarmos bem, o ‘terroir’ dessa região é melhor que do sul do país, onde chove muito, a terra não tem os nutrientes necessários, venta muito.
Tomamos um vinho em Petrolina, (região irrigada do São Francisco) chamado Carrancas, elaborado com uva cabernet que é melhor do que muitos Argentinos. A Miolo e outras adegas, boas vinícolas brasileiras, já está no nordeste, (no vale irrigado do São Francisco) produzindo vinhos de razoáveis para, mais ou menos, bons.
A região de Lagoa Grande, perto de Petrolina tem vinícolas boas e onde se pode degustar, comprar, e passear. É um lugar agradável e está há mais ou menos 100 quilômetros de Petrolina. 
A Rio Sol, a maior vinícola do lugar, fez sociedade com uma renomada bodega portuguesa, a Dão, e procura produzir bons vinhos, como o ‘Paralelo 8’, (O Paralelo 8, geográfico, passa por lá, daí o nome) um Cabernet Sauvignon de boa qualidade; o inconveniente é que produzem pouco desse vinho e é muito caro, por consequência. – Caro para os padrões dos vinhos brasileiros. Pode ser tomado nos bons restaurantes de Petrolina ou Juazeiro-BA, do outro lado do Rio São Francisco. Tomar só o ‘reserva especial’.
Santa Catarina ensaia a produção de uvas boas e climatizadas para a produção de vinhos razoáveis.
– Cuidado todo especial com vinhos de outras regiões do Brasil: 
– Muitos não são considerados nem vinhos. São misturas de álcool, 10% de vinho e muita água. Normalmente são vendidos em garrafões. Ás vezes nem a água é boa! – Alguns são ‘docinhos’, ‘docinhos’…!
2)-VINHOS ARGENTINOS:
– Maior produtor da América Latina e um dos maiores do mundo em quantidade de vinhas plantadas.
Qualidade um pouco superior aos brasileiros, mas só um pouco. 
Há vinhos bons, mas muito caros comparados aos bons franceses, por exemplo…
Nunca serão muito bons! Salvo raras exceções e com uvas especiais, como a Pinot-Noir e Bonarda. Com essas uvas algumas bodegas da Argentina conseguem produzir bons vinhos. Prefiram os de Mendonça. – Alguns vinhos da região de Mendonça são de razoáveis para bons, como, por exemplo, os produzidos pela Adega Cheval des Andes. A grande maioria é vinho igual ou até piores do que os brasileiros e uruguaios.
A uva boa da Argentina é a Malbec, que foi bem climatizada. Na França, país de origem, essa uva é menosprezada pelos enólogos por considerá-la pobre. Entretanto, o país está se saindo melhor com as uvas Pinot-Noir e Merlot e Bonarda. – Não temos nada contra a Argentina, mas para tomar um vinho Argentino de qualidade duvidosa é melhor tomar um razoável vinho brasileiro. São poucos, mas existem. Sugerimos os vinhos argentinos que misturam uvas: – Por exemplo, os vinhos produzidos com a mistura de uvas Shiraz e Malbec ficam bons. Tem um sabor bem frutado, leve, e não é muito ácido. 
As Adegas Trivento e Angaro produzem boas misturas; são vinhos baratos, mas bons para se tomar no dia a dia. Não são vinhos tomados pelos ‘experts’. – Têm a qualidade dos razoáveis para bons brasileiros. – Caso queiram mesmo prestigiar los hermanos e tomar os seus vinhos, sugerimos os que consideramos os melhores:
– Vinho ‘JOFFRÉ Y HIJAS’: – Produzido por uma ‘Vinícola pequena’, séria, administrada pelo Jofrré y sus hijas. Seus melhores vinhos são feitos com a uva ‘Bonarda’. – O Shiraz e Cabernet Sauvignon também são excelentes.
– Vinhos da Vinícola Luca: – Uma casa pequena, mas produz um vinho de razoável boa qualidade, o Luca Malbec, (sempre a uva Malbec). +- US$ 60,00 a garrafa.
– Vinhos Trumpeter: – Raros, mas podem ser encontrados em boas adegas. Prefiram o Pinot-Noir.
– Outro bom vinho, mas muito caro é o ‘Noêmia’, produzido na Patagônia, (também com a Malbec). O problema é que custa +- US$ 180,00 a garrafa.
– Vinhos da Bodega Salentein são considerados bons. (+- US$ 60,00). Saiam dos Malbecs, que são os comuns, prefiram o ‘Salentein Pinot Noir’.
– Outro Pinot-Noir bom é o produzido pela Primus (+- US$ 100,00). – Raro no Brasil, e +- caro porque são produzidas poucas caixas por ano.
– A Argentina é tradicional na produção de vinhos brancos; sua melhor uva para os brancos é aTorrontés. Dizem que essa uva é nativa da Argentina, mas há controvérsias porque na Espanha temos a mesma uva com o nome de Tarrantés. Parece-nos que é um enxerto entre a Carolla Chica e a Moscatel.
-Depois temos vinhos da Finca El Portillo e ‘Família Bianchi’ e os vinhos Bonarda, da Finca El Retiro, todos de Mendonça, nos pés dos Andes. São vinhos bons e +- caros, (quer dizer, depende da grana de cada um. Há vinhos muito acima de US$ 10,000.00 a garrafa, principalmente na França).
Os vinhos Bonarda são produzidos com uma uva chamada Bonarda, rara e difícil de se adaptar. A Argentina atualmente exporta muito vinho para o Brasil. A grande maioria é de vinhos baratos e de qualidade ruim; são fabricados com uvas não classificadas e misturas de uvas fracas. Trata-se do argentino tentando fazer uma ‘broma’ com os brasileiros. Eles são assim mesmo, gostam de enganar os ‘hermanos’. 
-…Vinhos de baixa qualidade, principalmente argentinos, são encontrados nos supermercados… 
-Esses estabelecimentos compram quantidades enormes e exigem preço, não qualidade. Dai, já viu! 
– Los hermanos, espertos por natureza genética, quer dizer são malandritos; (pensam que são malandros,…nem todos, lógico, mandam para los brasileños as porcarias que eles produzem.).
Se quiserem tomar bons vinhos, comprem sempre em adegas especializadas e conversem com os somellières da casa para escolhê-los, porque os vinhos de supermercados, principalmente os mais baratos, não dá! 
Em alguns bons supermercados pode-se encontrar algum vinho bom, mas é preciso ‘garimpar’ muito. Há boas adegas em Shopping Centers, mas procure conhecer antes o sommellier da casa; se for um ‘cara pedante, ‘metido’, ‘desagradável’, vá para outra casa especializada.
– Procure não comprar vinho em supermercados, se puder.
A maioria dos vinhos argentinos, baratos e encontrados nos supermercados, diríamos que é produzida com ‘restos’ de uvas. São os vinhos de exportação para o Brasil. Algumas adegas chilenas também fazem isso. Atualmente, (ano de 2009) produzem vinhos tipo ‘Reservado’somente para exportar para o Brasil. Alguns são até palatáveis, como o Merlot, Reservado, da Concha y Toro, mas a grande maioria são vinhos classificados como razoáveis e utilizam uvas não selecionadas. Então, vinhos tipo Reservado, Reserva, Clube do sommelière, não são bons; alguns são razoáveis, mas a maioria é vinho de segunda.
Quando o vinho Argentino, chileno, brasileiro, e de qualquer parte do mundo, custar em torno de US$ 10,00 a US$ 13,00 a garrafa, caia fora! Não tempere nem a carne que poderá estragá-la; quanto muito dá para fazer um ‘vinho quente, tipo quentão’.
3)- VINHOS CHILENOS:
– Alguns são muito bons! O Chile é o 3º produtor mundial. Os vinhos chilenos varietais feitos com uva Pinot-Noir são de excelente qualidade. Os cabernet-Sauvignon e os ‘merlot chilenos’ também são bons.
A região norte do Chile, do centro para cima, produz bons vinhos.
A uva cabernet-sauvignon chilena e a tannat uruguaia possuem os maiores teores de flavanóides, bons para o coração. A uva cabernet sauvignon foi modificada no Chile, difere da produzida na França. São de castas diferentes. A francesa tem maior teor de polifenóis contidos no tanino.
– Do ano 2000 para cá o Chile desenvolveu uma uva denominada Carmenère, de qualidade forte, ácida e bem frutada, e ótima para acompanhar carnes grelhadas com saladas. É uma uva muito ácida para quem gosta de vinhos que ‘descem redondo’, como um Cabernet Sauvignon ou um Pinot Noir.
(Salada temperada com vinho fica muito melhor). 
– No sul do Brasil tempera-se o ‘radiche’ com vinho e torresminho bem frito; fica muito bom!
Sugestões de vinhos chilenos: 
– Os vinhos mais conhecidos são produzidos na região do Maipo. As grandes vinícolas estão lá:
– Concha y Toro, Vinícola Carmem que utiliza processos da Vinícola Margaux francesa, Cousino-Macul, Undurraga e Tarapacá, e vinhos da família Torres, localizada no norte e divisa com o Peru.
Bons vinhos do Chile:
– Cousino-Macul – Cabernet Sauvignon. Muito bom e barato. O Merlot também é bom! São vinhos confiáveis e com bom custo benifício. Há produções, em anos especiais, desse vinho que são excelentes, mas mais caros.
– Vinhos da Viña Los Vascos, da família Rothschild da França. Bons e com excelente custo-benefício.
– Santa Digna, da Adega da família Torres. O Merlot é excelente! Não são baratos.
– Carta Vieja – Pinot Noir ou Cabernet. (bom). Preferimos o Pinot-Noir.
– Os vinhos da Viña Morandé – como o ‘Pionero’, produzido com a varietal Pinot Noir, são também de boa qualidade. – (São similares ao da vinícola Carta Vieja). – Vinhos baratos.
– Casillero Del Diablo – Qualquer uva. (Vinho especial da Concha Y Toro).
– Ventisquero: – Bodega com o mesmo nome. Produz vinhos bons com a uva Sirhaz e com a Cabernet Sauvignon.
– Santa Helena -Tinto ou branco de razoável para bom. O vinho branco tem que ser produzido com uva Chadornnay.
– Santa Carolina – Vinhos tintos razoáveis. A Mistura com uvas merlot e cabernet fica muita boa. São vinhos bem palatáveis. Os produzidos com a uva ‘Classic Cabernet’ são bons. Os mais baratos são muito ruins; comparando-se somente aos vinhos ‘reservados’ baratinhos.
– Santa Rita -Somente os especiais são bons, com preço em torno de US$ 35,00 a garrafa. Essa vinícola produz muitos vinhos com qualidade inferior somente para exportar para o Brasil. Os Reservas Especiais são bons.
– San Carlos – Vinícola ‘Viu Manent’. Os ‘Gran Reserva’/Cabernet são bons e raros no Brasil.
– Adega Canepa – Os vinhos levam o nome da Adega. São vinhos raros e bons.
Os vinhos Tarapacá são bons! Produzidos na região de Tarapacá, no norte do Chile, divisa com o Peru. Produzido próximo das grandes lavras de cobre. O Tarapacá rótulo negro/Cabernet Sauvignon-reservas são raros, caros, e dizem que são muito bons. Os mais novos também são de bons para muito bons.
– Vinhos Tocornal – É uma vinha pequena. Os ‘cabernet’ são bons.
– Vinhos Undurraga: – Excelentes vinhos. A Bodega Undurraga produz vinhos com várias castas de boas uvas. Seus Cabernets e Merlots são ótimos.
– Chateau Los Boldos – O Gran Cru é ótimo! Raro e caro. Vinhos bons!
E por fim os vinhos das Vinhas Don Arturo e J. Bouchon. Os ‘Aged Reservados’ são os melhores. 
– Don Arturo aparece nas boas casas do ramo e o J. Bouchon é mais raro. Caros, mas bons!
Os vinhos tintos produzidos pela Concha Y Toro são sempre de boa qualidade, mesmo os cabernet pouco envelhecidos e produzidos para o consumo dos brasileiros. Esses vinhos têm o nome de ‘Concha y Toro’ e custam em torno de US$ 22,00 a garrafa. Sugerimos o varietal ‘Merlot’.
A Concha y Toro produz também vinhos de altíssima qualidade e caros. Tem uma sociedade com a ‘Mouton’ do grupo Rothschild / França e produz dois ultrapremiuns: – O Don Melchor e o Almaviva. São de qualidade encontrada somente nos grandes ‘terroirs’, como a Borgonha e Bordeaux. São vinhos raros e com preços razoavelmente altos. 
Atualmente as agências de turismo vendem ‘pacotes’ para visitas às vinícolas chilenas. Interessante para um breve conhecimento sobre os bons vinhos chilenos. Para quem gosta de vinho é um bom passeio.
Como já mencionamos, para quem gosta de vinhos leves, tipo Borgonha, sugerimos os Pinot-Noir chilenos, são vários bons, como exemplo: – Produzidos no Valle de Leyda – Montes Alpha- São vinhos com alto grau alcoólico, encorpado e com muitas ‘lágrimas’.
– O vinho Leyda – Reserva – Cabernet Sauvignon – 2006 é excelente e para gente que entende de vinho.
– A Vinícola MORANDÉ é uma casa séria e honesta na produção de seus vinhos: – Podem tomar o Pinot-Noir da ‘linha Pionero’ que não se arrependerão. – Ótimo custo benefício…
(4) -VINHOS FRANCESES: – São muito bons!
A França é o maior produtor mundial de vinhos. Está em 1º lugar, quase empatando com a Itália. Os bons vinhos trazem denominações de origem e qualidade. Os franceses de boa qualidade trazem a denominação AOC-Appelation d’Origine Contrôlée. – Já os melhores do mundo trazem a denominação DOCG-Denominação de Origem Controlada e Garantida. São raros e numerados. 
– A França foi abençoada com uma dádiva divina ao receber duas regiões magníficas para a produção de vinhos, quando o ‘Criador’ construiu o Universo:
(Mas outros países, atualmente, (+- 2007) estão iniciando a colheita de novas cepas e uvas especiais e se igualarão aos franceses, como os australianos e italianos,…(já afirmamos isso). 
– Nem sempre os mais conhecidos vinhos franceses são os melhores.
– A Borgonha e Bordeaux.
Na Borgonha encontram-se os vinhos produzidos, principalmente, com as uvas Pinot-Noir nos tintos e Chadornnay nos esplêndidos brancos.
Uma faixa de mais ou menos 300 quilômetros compõe a Borgonha, iniciando no norte, em Dijon, abaixo da Região de Champagne, indo até quase ao centro-sul na região do Beaujolais, nas margens do Rio Reno. 
Essa região divide-se em sub-regiões:
– Chablis, famosa pelos vinhos do mesmo nome, produz os brancos com a uva Chadornnay. Ali se encontram os grand crús denominados de ‘Chablis Grand Crú’.
– Côte d’Or que compreende as duas sub-regiões mais importantes:
– Côte de Nuits mais central, e Côte de Beaune mais para o sul;
Temos ainda a Côte de Chalonnaises, a Côte Mâcconnaise e a sub-região dos vinhos finos e leves de Beaujolais.
Ainda na Côte d’OR, perto da Côte de Nuits, na região mais central da Borgonha, encontramos os fabulosos vinhos Romanèe-Conti, produzidos nos Domaine Romanèe. Caros, mas muito, muito,…bons!
A ‘Domaine Conti’ é uma pequena Vinha, mas onde todos os nutrientes e o calcário estão presentes.
Na sua sub-região a Côte de Beaune encontramos os excelentes vinhos brancos Montrachet, produzidos pela mesma vinícola que produz os Romanèe-Conti. 
– O melhor branco Montrachet pode custar até US$ 4,000.00 a garrafa.
A Borgonha difere de Bordeaux na quantidade de produtores. Na Borgonha são mais de mil pequenos proprietários desse bendito terroir. Muitas vezes a ‘fazenda’ não chega a 5.000 metros quadrados. 
– Em Bordeaux existem grandes sub-regiões produtoras.
Finalmente na região de Beaujolais encontramos os levíssimos tintos, desde os caríssimos crús aos baratos e mais fracos ‘Beaujolais Nouveau’ que apresentam odores de maça e banana, característicos do ácido málico, abundante na uva Gamay.
– Vizinho ao ‘Vale da Borgonha’, do lado direito, encontramos a Côte du Jura, onde excelentes vinhos são produzidos. Não confundir essa região com a regão de Jurançon no sul da Franca, nas imediações do Aquitane. Ali encontramos também a Côte onde são produzidos os ótimos vinhos Cambertin, que se igualam aos vinhos Pommard.
Na Franca, principalmente e Bordeaux, os vinhos são classificados como Gran Cru e Premium Cru. – Isso depende da localização da Vinha; os vinhedos mais altos, que recebem melhor o sol e a água das chuvas, produzem uvas melhores e daí recolhem os bons Gran Cru. Os vinhedos intermediários produzem os Premium Cru.
Bordeaux:
– Encontram-se vinhos de qualidade boa da região de Bordeaux, por +-US$ 60,00 a garrafa. Mas são produzidos com uvas não selecionadas. Os Bordeaux de qualidade superior custam sempre acima de US$ 200,00 a garrafa. A região de Bordeaux tem como capital a cidade do mesmo nome, quase ao sul do país, mais exatamente na costa atlântica, a sudoeste.
– Uma região grande que compreende importantes sub-regiões, como a de Medoc, Pomerol e Saint-Emilion.
As uvas dominantes são a Cabernet Sauvignon para os tintos, a Cabernet Franc para os brancos e a fabulosa Merlot dos vinhos tintos e famosos. Alguns vinhos nobres e tradicionais franceses são os produzidos pelo Chateau Latife-Rothschild em Bordeaux. Por exemplo: 
– O Chateau Latiffe e o Mouton Rothschild com preços acima de US$ 1.000,00 a garrafa, dependendo da safra. Podem custar muito mais. O Latiffe-Rothschild Gran Cru é para se tomar sorrindo! – Caro, mas pode ser tomado nas ‘boas degustações’ pagas. Latife e Mouton são sócios dos Rothschilds.
A mistura utilizada em Bordeaux: – Merlot/Cabernet Sauvignon é a mesma do magnífico vinho Pètrus. 
– Esse vinho custa, pasmem, em torno de US$ 7,000.00 a garrafa,…isso mesmo,…sete mil dólares a garrafa! E isso dependendo da safra. Pode chegar a US$ 14,000.00 a garrafa em safras especiais. 
O Pètrus é composto por 90% +- de uva Merlot e 5% de bom Cabernet Sauvignon especial e 5% de cabernet franc. – (Muitos acreditam que seja só Merlot, mas não é a verdade; existe um pequeno corte com Cabernet para suavizar o vinho). Aliás, quase todos os vinhos tintos de Bordeaux são produzidos com Merlot, Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc. – Utilizam muita uva Semillon, (ácida) para vinhos brancos ou a Sauvignon Blanc.
Somente como curiosidade: – Os nossos políticos gostam de vinho caro, já notaram? Alguns são vistos tomando grandes vinhos como o francês La Tâche, da renomada vinícola Romanée-Conti, (Borgonha) ao preço de US$ 2,500.00 a unidade.
Voltando ao Pétrus, o produtor desse vinho somente produz em torno de 3.000 garrafas, por ano, quando muito. Acaba logo e desperta os desejos de bebê-lo com carinho, devargazinho, com veneração. Poucos o experimentam durante a vida toda; Só alguns políticos, ex-políticos, e os muito ricos; ou em alguma degustação especial,…e caríssima. – Se acharam caro um Pétrus a US$ 7,000.00 a garrafa, então se espantem com os preços de alguns vinhos envelhecidos, raros, que são vendidos, principalmente, para colecionadores. 
– Há vinhos de até US$ 40,000.00 a garrafa.
Outros franceses excelentes são os produzidos na região de Chateau Neuf du Pape, na Côte du Rhône, basicamente com a uva Shiraz, encorpados, densos e ricos em uma substância que lhe dá ‘cheiros’ e a cor rubi acentuada; é a Antocianina.
Junto com os ácidos normais contidos na uva, mais o odor da madeira do barril, a antocianina proporciona os odores característicos dos vinhos Château Neuf du Pape e dos outros da região. Existem vários Chateau Neuf du Pape, desde US$ 100,00 a garrafa. – Ali, naquela região do sudeste do país produz-se também os Gran vinhos Hermitage, com a uva Cinsaut e do mesmo nome, e Saint-Joseph com a uva Shiraz e misturas de outras uvas nobres, quase desconhecidas.
Falando em boa degustação, boa mesmo, custa em torno de US$ 100,00 por pessoa,…sem o vinho ‘Pètrus’. Algumas adegas, nos lançamentos dos vinhos que acabaram de receber de suas fontes, fazem degustações boas por preços praticamente simbólicos; mas vendem algumas garrafas de bons vinhos aos participantes. Aí está o ‘marketing’! Aliás, as degustações são as oportunidades para quem ou não tem grana ou não quer gastar um dinheirão em uma garrafa de vinho. Toma-se vinhos caríssimos e maravilhosos nessas degustações pagas. Toma-se só umpouquinho, mas toma-se. E você pode ou não comprar vinhos, mas sempre é bom levar uma garrafinha, senão fica chato e podem não lhe convidar mais.
Como estamos vendo, em toda a França produzem vinhos, alguns melhores, outros nem tanto.Ao norte de Paris temos a região de Champagne, onde se produz o único vinho champagne do mundo. Somente lá se pode utilizar o nome ‘Champagne’ nos espumantes. – Ao nordeste temos a Alsácia, divisa com a Alemanha, onde encontramos os nobres brancos. A Alemanha produz bons vinhos tintos, mas os brancos, nem todos, são muito bons. Entretanto, normalmente, são ácidos demais ao meu gosto. Utilizam muita uva resling ou semillion; ácidas por natureza.
Lá no sul, junto às cidades de Pau, de Lourdes, temos a região de Jurançon, já perto dos Pirineus, na divisa com a Espanha. Os vinhos ali produzidos não são muito difundidos, mas são encorpados, gostosos, fluídos! Se forem um dia para aquela região peçam o vinho de Jurançon nos restaurantes locais. Ali perto, um pouco mais para cima, há excelentes vinhos.
Uma sugestão para quem gosta e pode viajar para lugares menos visitados pelos ‘simples mortais’, o sul da França, começando pelo sudoeste, da cidade de Bordeaux rumo aos Pirineus:
– Pode-se passar por Biarritz, uma cidade costeira, abaixo de Bordeaux, visitar a cidade de Lautrec logo ali, e ficar hospedado em ‘Pau’, visitar o ‘castelinho’ de Alexandre XIV, comer à noite nas tabernas da cidade e ouvir uma boa guitarra espanhola tocada por algum cantor flamenco. Peça um vinho da região, os encorpados ‘Jurançon’, coma os ‘jamons’ com azeite e temperos típicos e vá dormir de madrugada;…feliz da vida!
No outro dia, alugue um carro e desça para Lourdes, ore um pouquinho e agradeça tudo o que está lhe acontecendo, porque não são todos os humanos que podem desfrutar disso tudo. Dali vá até os Pirineus, visite a cidadezinha de Barrège, um ‘point’ para esquiadores; suba a montanha, entre as nuvens, e mesmo que não saiba esquiar fique dentro dos restaurantes aquecidos tomando bons vinhos ou caldos maravilhosos. Depois desça, e perto da estação da ‘vagonete’ que o levou ao topo da estação de esqui, entre em uma das casas de chá, sente-se perto de uma lareira e coma biscoitos amanteigados com chá de menta bem quente.
-… Vida ruim, hein!
Bem, mas Jurançon fica abaixo dos vinhedos da região de ‘Languedoc-Roussillon’, o maior vinhedo plantado na França. Várias opções de enopasseios podem ser escolhidas para se conhecer essa região e esse grande vinhedo; há excelentes hotéis e uma gastronomia de primeira qualidade. Languedoc faz parte da região do Aquitane, a sudoeste da França.
Na França, tanto em Borgonha como em Bordeaux, são encontrados os vinhos mais raros e por isso mais caros do mundo: 
– O Pètrus, Bordeaux, encabeça a lista com os seus preços acima de R$ 7,000,00 a garrafa. O produtor, LPLacoste e Loubat, preza pela qualidade constante.
– Depois temos os ‘Romanee-Conti’, da bodega do mesmo nome, da Borgonha, entre US$ 2,000,00 e US$ 7,500,00 a garrafa. Depende da safra. – A Bodega produz vinhos de qualidade um pouco inferior, outra linha, por preços menores. Mas mesmo assim podem ser considerados melhores que muitos ‘premiuns’ de outras adegas.
– Ainda na Borgonha temos os ‘Chateau Vougeot’, produzido pelo Domaine Leroy, por preço acima de US$ 1,200.00 a garrafa.
– Em Bordeaux encontramos os ‘Chateau Latour’, os ‘Chateau Margot’, os ‘Latife-Rothshild’, os ‘Chateau Cheval Blanc’ e os ‘Chateau Le Pin’, todos eles, dependendo da safra, acima de US$ 1,000.00 a garrafa.
Os bons da Borgonha são feitos quase que exclusivamente com Pinot-Noir, alguns com cortes de outras uvas nobres. – Isso é só para quem pode! – Quem pode, pode;…quem não pode toma vinho baratinho de R$ 50,00 a garrafa, que por sinal podem ser bons, ou pelo menos razoavelmente bons. 
As boas ‘bodegas’ francesas vendem vinhos caros, mas são, de fato, bons. Como o Chateau Latife-Rothschild que produz os grandes crús caríssimos; entretanto, vendem, também, linhas mais populares a preços que um bom enófilo pode tomar,…por exemplo a ‘Linha Legend – Barons de Rothschild Collection’;…vinhos tintos e brancos em torno de US$ 100,00 a garrafa. 
Na Cote de Nuit destacam-se os vinho Clos des Lambrays, excelentes ‘Gran Cru’! Tome o Pinot Noir varietal dessa vinícola e verá que vinho bom! Bom custo-benefício, US$ 250,00 mais ou menos…!
5)-VINHOS ITALIANOS:
– 2º maior produtor mundial, revezando sempre com a França. 
São normalmente vinhos de qualidade inferior ao da França. Os vinhos produzidos no norte da Itália, na região de Friuli, acima do Veneto, são de boa qualidade; os brancos são ótimos!
A Toscana, no centro do país, é a região onde se produz os melhores vinhos italianos. Essa região localiza-se no centro da Italia, entre Firenze, Livorno, região do Chianti.
Os gregos antigos adoravam os vinhos italianos, e…ainda os adoram. A Grécia consome boa parte dos vinhos da Itália. Aliás, esses mesmos gregos antigos chamavam a Itália de Enotria, (a terra do vinho).
Atualmente o país também é dividido em regiões vinícolas e quase todas com os seus ‘DOs’, os registros de denominação de origem.
No Veneto, aproximado do norte do país, temos o ‘Bardolino / seleção’ de boa qualidade. 
Um Bardolino de +- US$ 80,00 tem boa qualidade. Existem vários tipos de ‘Bardolino’ e muitos têm a qualidade só razoável, como os argentinos e brasileiros.
Nessa região, de Veneza, encontramos ainda os Valpolicellos. Têm que ser de reservas especiais, senão também não são bons. (Bons: +- US$ 70,00 a garrafa.). Os Valpollicellos comuns, (+-US$ 18,00 a garrafa)…são muito ruins! Ali é a terra do Prosecco.
Outros vinhos muito bons, ao preço ’em torno’ de US$ 250,00 a garrafa, são os Brunellos deMontalcino, da região da Toscana. São frutados, ácidos e feitos com uva tipo Brunello Sangiovese e misturas. 
– Há Brunellos especiais por preços acima de US$ 700,00 a garrafa, são raros e poucas adegas os trazem.
Na Toscana, região de Florença, Pisa, Pistóia, Chianti, também se encontram outros ótimos vinhos produzidos com a uva Sangiovese. É a principal uva dos vinhos Chianti e dos Brunellos. Uma uva fina e bem climatizada na região. 
A uva Sangiovese tem um teor ácido alto e os vinhos produzidos com ela ficam também ácidos. Você sente na língua o sabor frutado e ácido nos vinhos ‘Chiantis’ e mesmo nos ‘Brunellos’. Existem dezenas de vinícolas que fazem os Chiantis. (Região de ‘Chianti’, na Toscana). Ao meu gosto, somente alguns Chiantis são bons.
Podemos considerar que a Toscana italiana é o similar da Borgonha francesa em termos de qualidade de vinhos, desprezadas as diferenças da arte vinícola. – Muitas pessoas gostam dos vinhos da região do Piamonte, na divisa com os Alpes suíços, ao noroeste do país. Para mim são muito ‘carregados/fortes’. Os espumantes são bons! 
– Os bons vinhos de lá são os Barolos, e existem ótimos ‘Barolos’. Ali perto, ao norte, produzem ótimos Pinot-Noir.
Na região do Lazio são produzidos os conhecidos vinhos Frascati, (frisantes de qualidade fraca para razoável). 
– Pessoalmente, não gosto de vinhos frisantes. Alguns, os mais baratos, são muito ruins…
E finalmente, como boa região produtora, temos a Emilia-Romagna, logo abaixo de Veneza, onde se produz o vinho Lambrusco, tipo frisante. São muito fracos e ‘docinhos’. Lambrusco é um frisante de qualidade inferior.
-… Lógico que existem bons Lambruscos, mas nem sempre são exportados.
– Os vinhos do sul do país, principalmente da região de Manduria e Puglia, no salto da bota, são considerados bons, frutados, ácidos e sedosos. 
– São vinhos encorpados e produzidos com a Uva Primitivo. – Essa uva pode ser confundida com a Zinfandel em textura e sabor. – Vinhos macios, encorpados, descem ‘macio’,…sem acidez.
– Cepas da uva Primitivo foi introduzida no sul da Itália, região de Puglia, há mais de 2.500 anos, pelos romanos. Atualmente existem ‘plantas’ com aproximadamente 100 anos e se tornaram árvores; a produtividade é baixa.
A região de Manduria é a maior produtora de uva Primitivo; são vários produtores e ‘qualidade’,mas, em termos gerais, todos os vinhos são bons e gostosos!
Como sugestão de bom vinho italiano, além dos Brunellos, é o vinho produzido com a uva Primitivo, na região de Manduria, pela Masseria Trojano…
Gosto dos vinhos italianos, principalmente do norte do país, Friuli / Veneto e alguns da Toscana. A maioria dos vinhos dessas regiões tem a produção controlada e são considerados muito bons. Entretanto, a meu gosto, os franceses ainda são melhores.
A grande verdade, para mim, é que a Itália, em termos de bebida, sabe produzir muito bem os vermutes e o maravilhoso Limoncello, licor de limão siciliano, produzido no sul da Itália. – Bem gelado, esse licor é coisa dos deuses romanos!
– Para mim, o Limoncello é mais importante do que Leonardo Da Vinci e o Michelangelo!
6)-VINHOS PORTUGUESES:
– Portugal está entre os dez primeiros produtores de vinhos, no mundo. Em compensação é o 1º em consumo. 
-Português bebe vinho desde ‘puto’, quer dizer…desde criancinha,…e bebe o dia inteiro. 
Em geral, os vinhos comuns têm quase a mesma qualidade dos brasileiros; quer dizer são somente razoáveis. – Atualmente os vinhos portugueses vêm melhorando a qualidade. 
Existem vinhos excelentes em Portugal, mas caríssimos!
Normalmente, o vinho comum português não é bom. – São os servidos em companhias aéreas, principalmente portuguesas. Essas companhias escolhem os piores, parece! 
– Alguns vinhos portugueses bons e baratos, (ao meu gosto) podem ser bebidos:
– Porca de Murça: – Para carnes pesadas. (produzidos na região de Murça). É um vinho barato para se tomar no dia a dia. 
– Periquita: -Vinho somente razoável, não chega a bom. Forte/meio ácido. (Para tomar no almoço, com qualquer comida,…menos peixe). Periquita é nome de uma uva portuguesa.
– Esporão -Excelentes vinhos tintos, encorpados. Produzem também azeites.
Os vinhos verdes são excelentes para acompanhar um bacalhau, um peixe cozido ou um puchero espanhol. Os bons verdes são produzidos na região do ‘Minho’, rio Douro, no norte de Portugal, na região do Vinho Verde. – Os melhores e mais caros verdes de Portugal são oSoalheiro e o Teixeró. – Pode-se tomar o velho e conhecido Casal Garcia que será uma boa pedida; além de bom, não é tão caro.
(Os pseudos-entendidos em vinhos renegam os vinhos verdes, dizendo que são vinhos novos de categoria inferior.). – Não é não! 
– Vinho verde é uma denominação dada porque os vinhos são jovens, castas novas e diferentes. A uva mais utilizada e plantada para vinhos verdes é a “Vinhão”. – Vinhos encorpados, densos, gostosos e frutados.
– FOJO 96 – Considerado um dos melhores vinhos de Portugal, produzido com a uva ‘Roriz’, da Quinta do Fojo. 
– FOJO E O BARCA VELHA são vinhos considerados míticos pelos bons enófilos. São raros e caros, mas, de fato, muito bons! Existem vinhos de vinícolas pequenas, bons e caros. 
Podem ser encontrados somente em boas casas. – Alguns deles não são varietais, com uvas não indicadas nos rótulos.
Boas bodegas, tradicionais, como a Casa Ferreirinha, produtora do Barca Velha são respeitáveis, e quase todos os seus vinhos são bons.
Como exemplo de muito bons vinhos, sugerimos os do Alentejo ou do Douro, de pequenas vinhas, das marcas:
– Cartuxa; Pera Manca; Incógnito; o Aragonês; Marquês de Borba; Quinta da Pancas, Casa do Pintor. … Premiuns vendidos acima de US$ 250 a garrafa
– O Pera Manca custa mais de US$ 350,00 a garrafa, dependendo da safra, e o Fojo 96 muito mais.
– Outro bom, na mesma faixa de preço, é o Quinta de Crasto,…não é Castro, não, ó brasileiro ‘vurro’! Escrevi certo, é Crasto mesmo, ó pá! 
Há vários ‘Crastos’ com qualidade e preços diferentes. – São vinhos que podem ser tomados em degustações pagas, ou se tiver muita grana compra se logo uma caixa e dê uma festa de arromba! – Em termos gerais os vinhos portugueses não podem ser considerados excelentes, os baratinhos são ruins. Os que citamos são muito bons, mas os melhores franceses e alguns italianos são superiores.
7) – OS ESPANHÓIS:
– Não são muito difundidos no Brasil, apesar da Espanha ter a maior área do mundo plantada com vinhas, é o 3º maior produtor mundial de vinhos, junto com o Chile. (2008).
Os espanhóis exportam muitos tonéis para a França e Itália fazerem os seus vinhos. 
Os comuns produzidos no norte da Espanha, na região de Rioja e Saragoça, são de boa qualidade e muito similares aos bons chilenos. É na região dos Pirineus que se encontram as melhores Vinhas. – Acreditamos que o melhor vinho espanhol, hoje, seja, ainda, o Vega Sicilia, um vinho tinto bem envelhecido de pequena produção e muito caro. (Em torno de US$ 1.000 a garrafa). Existem outros, mais ou menos na mesma qualidade com preços inferiores.
O Patanegra espanhol, entre US$ 30,00 e US$ 40,00 a garrafa, é vinho de razoável qualidade. Podem comprar. É ótimo para se tomar no dia a dia. 
– Aliás, até o ‘Jamón’ Patanegra é o melhor do mundo; caro, mas bom demais. Um do distribuidores em São Paulo, capital, é o Restaurante Don Curro, um nome em paellas e peixes finos. Uma peça de, mais ou menos, 4 quilos com osso, custa em torno de US$ 750,00;…mas vale o preço.
Os espanhóis de boa qualidade trazem o rótulo de origem. (D.O.) – Vino de denominacion de origem.
Os vinos de mesa espanhóis, normalmente, têm a qualidade só regular. Aliás, todos os vinhos de mesa não são considerados vinhos de boa qualidade. São como os Vinhos de Pays da França ou os Reservados do Chile, Argentina e Brasil; são vinhos fracos com aproveitamento de uvas não selecionadas. Sugerimos comprar sempre vinhos com uvas varietais; a descrição da uva utilizada. Podem ser misturas, (cortes) de uvas, mas devem ser descritas. (Se puder, fuja dos vinhos ‘do Clube dos Sommeliers’, são fracos e produzidos para supermercados…
Outras sugestões de bons espanhóis:
– Quase todos produzidos com a uva ‘Tempranillo’ e suas misturas:
– VIÑA LOS LLANOS. Se encontrarem, comprem que é bom!
– DON ROMÁN, bom vinho da Rioja.
– ALBACORA, uva varietal Tempranillo Gran Cru. Raro, bom e caro.
– Os vinhos da pequena bodega Felix Callejo são excelentes e não são caros, desde de R$50,00 até os mais caros. Os selecionados pela família Callejo podem ser encontrados em torno de R$ 200,00 a garrafa. A maioria é produzida com uvas Tempranillo. 
E por fim sugerimos o MARQUES DE RISCAL; tanto os tintos como os brancos são muito bons! Não muito caros e nem muito raros. 
Todos os vinhos que trazem a inscrição ‘Crianza’ no rótulo são bons; são produzidos perto da região de Rioja, grande produtora de bons vinhos. Os produzidos com uva tempranillo purasão muito bons! 
– A Espanha é um dos melhores produtores de vinho tipo Moscatel, junto a Portugal. Esse vinho é delicioso para sobremesas. 
Na região de Barcelona, leste do país, encontram-se vinhos regionais com as uvas Xarel-lo e Macabelo. Podem ser considerados de razoáveis para bons, ácidos, e frutados.
Agora, os Cavas da região são excelentes; não ficam nada a dever para os espumantes franceses.
Os brancos de melhor qualidade, de qualquer lugar do mundo, são produzidos com as uvas Chadornnay e Sauvignon Blanc. Para peixes assados recheados, grelhados com batatas, preferimos a uva Chadornnay no lugar da Cabernet Blanc. Se o peixe estiver muito temperado com temperos exóticos, tomem o Cabernet Blanc.
A Alsácia produz uma variedade grande de uvas para vinhos brancos, nomes incomuns e pouco encontradas em outras vinhas pelo mundo, como a Gewurztraminer. Nunca coma peixe com uva resling,…é fria! (nossa sugestão e nosso gosto).
Vinho com uva resling é coisa de alemão, e para comer com ‘Salsichon’. – São ácidas demais, para o meu gosto…
Existem centenas de tipos de uvas para vinhos brancos, são pouco utilizadas e não se adaptam em qualquer região.
8)- QUEREM VINHO DO URUGUAI?
Estão, de 2006 para cá, melhorando bastante a qualidade. 
– Desde 2010 produz vinhos com qualidade igual ou superior a muitos europeus.
A uva como sempre é a Tannat. (Uva boa para o coração!). – Essa uva, junto com a Cabernet Sauvignon francesa, é a que mais tem o teor de antioxidantes na sua composição. 
– É importante salientar que a uva Cabernet Sauvignon da França tem o maior teor de flavanóides e outros antioxidantes, em relação à mesma uva em outros terroirs. Os polifenóis
Sugerimos vinhos de três vinícolas:
– Calvinor, (Viña Calvinor). Faz um bom espumante. Os tintos são razoáveis.
– Adega Santa Rosa e Castel Pujol – Prefiram os envelhecidos e reservas. 
Os Merlots produzidos no Uruguay são de boa qualidade; podem tomar. 
O Uruguay produz bons vinhos, comparados aos melhores Argentinos. 
– Uma boa Vinícola é a BOUZA, bons vinhos e um restaurante de primeira qualidade, carnes excelentes. – É preciso reserva. 
– Podemos sugerir ainda: 
Tintos: 
– Da Vinícola De Lucca, os varietais e os cortes com uvas Merlot, Tempranillo e Tannat.
– Da Vinícola Monte Vide Eu – Cabernet Sauvignon, Merlot e Tannat.
E qualquer Merlot da Vinícola JUANICÓ. Uma Vinícola pequena, mas excelente. – (São de bons para excelentes). Tomem o Merlot Juanico…
Brancos: – Qualquer Chardonnay da Vinícola Toscaninni.
9)- E DA ÁFRICA DO SUL?
É o 9º maior produtor do mundo, mas toma mesmo os vinhos franceses. Eles não gostam muito dos vinhos deles. Podem ser encontrados nas boas casas do ramo. A uva Pinotage é a que melhor se adaptou por lá. – A uva Pinotage é um enxerto entre a uva Pinot-Noir e a Cinsault-Hermitage, francesas. Adaptou-se muito bem na África do Sul. Outras castas se adaptam bem na África do Sul.
Como não conhecemos muito de vinhos africanos, sugerimos dois: 
– Beyrskloof – De razoável para bom. O Pinotage com Sirah é bom.
– Clos Malverne – Mistura de Pinotage com Cabernet Sauvignon. Vinho com preço bom e saboroso. 
O vinho Two Oceans foi o pinotage, primeiro vendido no Brasil. – É um vinho somente razoável; muito ácido para o meu gosto. Diria que é fraquinho!
10)- DA AUSTRÁLIA! 
Por incrível que pareça é o 6º maior produtor de vinho do mundo, atualmente. 
Na Austrália cultivam uma uva que não é muito conhecida em outros lugares, a Granacha. Vinhos leves e suaves e de qualidade somente razoável! 
A uva predominante por lá é a Shiraz ou Syrah; com ela fazem vinhos mais finos. Começam a produzir, (+- 2006) vinhos muito bons com a uva Pinot-Noir.
A uva granacha ou granache misturada com a Shiraz é utilizada na França para a Produção dos excelentes ‘Chateau Neuf du Pape’, na região o mesmo nome. 
A uva Syrah produzida na Austrália é menos vigorosa do que a Shiraz francesa, a qual tem mais tanino e é menos frutada do que a Australiana.
Os mais conhecidos são: – Penfolds, feito com a Granacha, o Mc. Willians e o Lindemans, os dois com uva Shiraz para os tintos e Chadornnay para os brancos.
Somente como ‘cultura inútil’, queremos informar que o Doutor Penfold, há muitos anos atrás, curava os seus doentes com o vinho ruim produzido pelas vinhas plantadas na fazenda que o seu pai lhe deixou. Produzia um vinho caseiro, mais ou menos ruim, e com ele curava um monte de doenças. Na pior das hipóteses o paciente tornava-se um alcoólatra. – O doutor viu que vinho era um bom negócio, porque vendia o seu, que era ruinzinho, por um bom preço. Largou a medicina e propôs-se a estudar tudo sobre o cultivo da uva e a fabricação de bons vinhos. Atualmente, os seus descendentes fazem o melhor vinho da Austrália. 
-…E os ‘doentes’ australianos continuam ‘bebendo-o’!
O bom vinho nem sempre é o que gostamos! 
Tem gente que gosta do vinho bem fraquinho e docinho. Outros gostam muito de vinhos de ‘garrafões’. – Gosto é gosto! – Eu, por exemplo, para acompanhar uma sobremesa gosto do vinho Carmel produzido em Israel; um vinho adocicado naturalmente e razoavelmente barato, em torno de US$ 40,00 a garrafa. – Os Judeus tomam esse vinho nas festas religiosas.
Outro grande produtor de vinhos bons Australianos é a Sandalford. – Tomem o vinho de nomeElement, uma mistura de Shiraz com Cabernet Sauvigon que não se arrependarão; é encontrado somente nas boas casas de vinho; nunca em supermercados. – É um vinho com um excelente custo-benefício; mais ou menos US$ 70,00 a garrafa. Nesse vinho dá para sentir o sabor frutado de verdade; frutas vermelhas aciduladas, (sem frescuras)…
11) – OS VINHOS DA CALIFÓRNIA:
-Normalmente, os vinhos norte-americanos são bem fraquinhos! Salvo exceções. 
Muitos deles são aditivados e elaborados com processo muito modernos. Eles também não têm o terroir bom e necessário para vinhos superiores; mais ou menos como no Brasil. Não podem ser considerados bons! Pelo menos eu não gosto, mas tem quem goste!
Eles têm processos para fabricação em alta escala e quase não os envelhecem. Somente alguns brancos californianos são de qualidade razoável para boa, gelados e acompanhando um peixe cozido. As mulheres gostam desses vinhos.
– No vale do Napa estão os maiores e melhores vinhedos da Califórnia. Produzem alguns razoáveis Pinot-Noir.
No Oregon produz-se bons vinhos com a uva Pinot-Noir. – Como dissemos, essa uva se espalha pelo mundo.
Para não sermos totalmente contra os californianos podemos dizer que descobrimos bons Merlots por lá. – Os Merlots produzidos no Vale do Napa, nas melhores adegas, envelhecidos por pelo menos 2 anos, são razoavelmente bons, amadeirados, gostosos para acompanharem carnes e massas. -… Mas ficam devendo em qualidade se comparados aos europeus.
12)- HUNGRIA:
– Não são comuns os vinhos húngaros nas vinacotecas brasileiras. Produz bons vinhos brancos envelhecidos com a uva Furmint; de preferência aos meio doces, (demi sweet). Esses vinhos também levam o nome ‘Tokaji’, mas não confundir com o ‘Tokaji’ doce. – O Tokaji doce é o’Aszu’, produzido com esse composto super doce.
A Hungria é o melhor produtor de um vinho especial, doce como o mel, untuoso e de cor âmbar!
A região de Tokaji, (leia ‘tokai’), nome que o vinho de sobremesa herdou, é demarcada e somente essa região pode usar o nome Tokaji, como na França a região de Champagne usa o nome para denominar os grandes espumantes. Ninguém mais poderá utilizar esse nome para o tipo especial de vinho adocicado naturalmente. Pode utilizar qualquer outro nome, menos Tokaji.
Esse vinho é produzido em duas etapas:
– Na primeira, as uvas atacadas pela ‘podridão nobre’ ou o fungo ‘botrytis cineria’ são separadas das uvas sadias para que se forme o aszu, a pasta grossa e muito doce.
– Na segunda etapa, são adicionados cestos de aszu ao vinho normal branco e regula-se a doçura que se quer alcançar.
O fungo botrytis seca a uva naturalmente e concentra o teor de açúcar. Isso ocorre em poucos lugares do mundo, além de Tokaji, na Hungria. A região de Bordeaux, na França, é atacada, anualmente, pelo fungo e proporciona um dos melhores vinhos doces do mundo. São os vinhosbotrytizados. 
– França, Israel e outros poucos países no mundo conseguem produzir esse tipo de vinho.
– O melhor, sem nenhuma dúvida, é o Hungaro ‘Tokaji’!
A França produz também um grande vinho botrytizado, com qualidade quase semelhante ao Tokaji húngaro. É o vinho do Château D’Yquem, Bordeaux, produzido também com as uvas ‘podres permitidas pelos céus’. São vinhos tão bons que podem ser considerados um milagre da Natureza. São razoavelmente caros, mas valem o que se paga. Além dos ‘Chateau D’Yquem, pode-se tomar com segurança, nas sobremesas, os vinhos botrytizados do Chateau Lamouroux, são doces, gostosos, transformam o paladar em sabores indescritíveis e são mais baratos do que os Tokajis e os D’Yquems. – Esses vinhos são classificados pelo teor de ‘aszu’, e os preços também.
– O ‘Tokaji Aszu’ é maravilhoso para acompanhar sobremesas! Experimentem! Podem ser encontrados um ‘Tokaji ‘aszu 6’ por +- US$ 250,00 a garrafa. – Mas há preços desde US$ 100,00 para um Tokaji com menos ‘aszu’.
Enfim, podemos encontrar vinhos em muitos países:
– Austrália, África do Sul, Rússia e até no Iraque. Cada país diz que o seu vinho é o melhor. 
– OS VINHOS DO EGITO são de razoáveis para bons, alguns melhores que os argentinos e brasileiros. Vinhas plantadas no vale do Rio Nilo. O Egito é um dos berços do surgimento do vinho, como já afirmamos. Encontrou-se muitas ânforas com resíduos de vinhos nos túmulos dos faraós.
As principais uvas utilizadas no Egito são a Cabernet antiga e castas europeias normais, como Merlot, por exemplo. – A principal Vinícola é a Omar Khayyam.
Como na Grécia e em Roma, temos um deus especial para bebidas no Egito,…o Hathor, defensor das vinhas do Nilo.
– A Suíça produz excelentes vinhos, mas são encontrados somente lá; a produção é muito pequena e sem escala comercial. 
– A Áustria produz excelente vinhos brancos e doces para sobremesa, como ‘Tschida’, o ‘Wieninger Satz’, muito consumido em Viena.
ATÉ NA GRÉCIA, o divulgador do vinho antigo, faz um vinho branco bem palatável emSantorini, uma de suas ilhas. Vale tomá-lo, não pela qualidade, mas pela dificuldade em produzi-lo, já que em Santorini não há água doce, (é extraída do mar) e não há vegetação. – As videiras são rasteiras e fraquinhas, plantadas no meio das pedras. 
– E todos os vinhos levam o nome de ‘Santo’. 
É um vinho forte, mas bem palatável. A uva principal de Santorini é a Assyrtikó, pequena e branca; produz vinhos refrescantes. – A uva mais antiga da Grécia é a Mavrodaphne e uma das mais utilizadas para a fabricação do vinho é a Límnio; até o filósofo Aristótoles, 4 séculos antes de Cristo, já bebia os vinhos produzidos com essa uva.
Aliás, Santorini, para mim, é uma ‘pedreira’; quente e sem nenhuma atração, como querem os agenciadores turísticos.
No Brazil e em outras partes do mundo há lugares muito mais bonitos do que essa ilha; mas infelizmente nossos patrícios são muito ruins no planejamento turístico. Mas não deixem de conhecer a Grécia, é um país pedregoso pela própria natureza vulcânica, mas é bonito de se ver em termos gerais. Por exemplo, a capital Athenas é muito verde e bonita, desde o porto até a cidade antiga dos deuses gregos.
A EMBRATUR, (até o ano de 2011) teve gente muito ‘fraquinha’ em turismo e não mostra nossos lugares bonitos. Nossos ‘políticos’ indicados para gerir o turismo não entendem nada disso e mostram somente carnaval, samba, favela, crianças famintas e com armas na mão e ‘bunda rebolante’. – Não temos nada contra ‘bundas’ nem contra as que rebolam, mas ‘só isso’nos envergonha no exterior.
Os gringos só conhecem isso do Brazil. Quando dizemos que somos brasileiros, já nos mostram o seu conhecimento sobre o Brazil, isso os mais cultos, hein!:
– Ó,…’Brazil,’ terra do Pelé, das favelas bonitas, das bundonas e do carnaval desfigurado pelo show encomendado. Alguns ainda se lembram do Garrincha, (2011) e os mais novos falam no Kaká e nos Ronaldos, alguns já conhecem o Neymar. Nada mais! E agora bebem somente o café africano e colombiano. 
-…Mas vamos falar de coisas boas! – Consideramos os vinhos franceses muito superiores. 
– Deve ser o clima e a terra…ou o terroir. De qualquer maneira, nenhum vinho abaixo de US$ 10,00 a garrafa, na loja, pode ser bom; existem, mas são misturas de sobras ou elaborados com uvas ‘rejeitadas’. 
Se forem comprar vinho barato, procurem os produzidos com uvas Merlot, Cabernet Sauvignon e Syrah. As uvas podem não ser selecionadas, mas não se corre o risco de errar na escolha. Quase todas as pessoas gostam do Merlot ou do Cabernet. Essas uvas nunca comprometem! 
– Ao meu gosto, a uva Carmenere chilena também é boa.
Mas é preferível não tomar vinho que tomar porcaria!
A uva mais nobre e que produz os melhores vinhos, a meu ver, é a Pinot-Noir. Vinhos claros, suaves, com o sabor característico dessa uva. Deixa um sabor residual agradável. Pode-se encontrar razoáveis ‘Pinot-Noir’ em torno de US$ 80,00 a garrafa, mas não são os classificados e com DOs. Outra uva que nunca compromete, a não ser baratinhas,…é a Merlot.
Mesmo baratos não comprem os vinhos tipo ‘De mesa’; muitos são misturas ‘bravas’!
13) – VINHOS DA NOVA ZELÂNDIA:
– Vem se desenvolvendo muito em termos de vinhos. São vinhos palatáveis, mas podem ser bons no futuro próximo. Novas técnicas e grandes investimentos são empregados, principalmente, na região de Wairapapa, no extremo sul da ilha. Em todos as regiões da ilha há vinhas plantadas: Na Cloud Bay, na Leste e no sul. E as principais vinícolas são: – Palliser Estate – Martinborough. … Cloudy Bay Vineyards;…Matariki Wines e Wither Hills Vineards. Produzem bons brancos com as uvas Chadornnay e Sauvignon Blanc e bons tintos com Pinot Noir e cortes com vários tipos de uva.
Até a CHINA produz vinho, principalmente com a uva Cabernet Sauvignon, (adapta-se em qualquer lugar do planeta);…mas é bom não bebê-lo;…é ruinzinho e iguala-se aos nossos ‘ruins azedos’. – Produz vinho, também, com uma uva local, a Beichu;…também é ruizinha. 
Uma Bodega de economia governamental tenta produzir vinhos, como o Dinasty, por exemplo;…mas só chinês gosta, por enquanto.
– Por enquanto a China não conseguiu ‘copiar’ os bons vinhos do mundo;…mas está tentando. Em breve exportarão seus vinhos até para a França, e acabarão com as bodegas francesas, assim como acabaram com as indústrias em boa parte do planeta. 
– A China só copia, não desenvolve nada…
– ISRAEL: – Produz bons vinhos com as uvas europeias, destacando-se a Alicante e a Carignam. – A Vinícola Carmel fabrica vinhos brancos e doces excelentes.
– JAPÃO: – A Suntory produz alguns vinhos com as uvas Cabernet, Merlot e Concord. – São vinhos até que razoáveis.
– LÍBANO: – Produz vinhos bons no Vale de Bekaa. 
Duas Bodegas se destacam: -Chateau Kefraya -Vinhos tintos envelhecidos, escuros e encorpados. Misturas de uvas: -Carignan, Granacha e Cabernet.
-Chateau Musar – Vinhos novos, claros, com uvas Cabernet e Cinsault.
-TURQUIA: – Produz vinhos há mais de 5.000 anos. 
– Entretanto somente 4% do território é especial para Vinhas, e menos de 2% produz uvas para vinhos. O restante são para uvas de mesa e para passas.
Uma Bodega se sobressai: – Vinícola Tekel, com as marcas Doluca e Trakya. São vinhos envelhecidos por anos, o que lhes confere o sabor de madeira, (carvalho) e muito frutados, devido o alto envelhecimento quando os ácidos, como o málico e a frutose reagem dando-lhes essa característica.
– ÍNDIA: – A Bodega de E & J Gallo Winery iniciou em meados de 2009 uma parceria com Radico Khaitan, dona de vinhedos novos e pretendem produzir marcas de vinhos varietais feitos de Chardonnay, Muscat Vermelho, Cabernet e Sangria para o mercado indiano. 
– Estão vendo,…na Índia não tem só a “Musiquinha”… Lembram-se?
Todos os países do Oriente Médio e Ásia produzem vinhos, alguns até que bons. Entretanto, são grandes produtores de uvas de mesa e uvas Passa. Encontra-se bons brancos por lá.
ATÉ NO MÉXICO, divisa com a Califórnia, produzem vinhos bons. Se bem que 90% dos proprietários das vinícolas são norte-americanos. 
– Diria que são vinhos iguais aos sul americanos, mais ou menos, pode-se tomar, mas nunca serão Gran Cru!
-“VINHO COM PATEZINHO”:
– Caso a grana esteja um pouco curta e você gosta somente de bons vinhos, e não dá para comprá-los, procure de vez em quando frequentar as reuniões de degustações que as boas casas de bebidas e restaurantes especializados fazem.
Experimentam-se grandes vinhos e ainda se come um ‘patezinho’; (patezinho é o modo de se dizer, só para exemplificar, pois sempre servem algo para melhorar as papilas gustativas e para se limpar a boca antes de se experimentar outro vinho. 
Normalmente são servidos queijos leves, brancos, e pão tipo francês ou italiano em baguete. Mas não lhe darão patezinhos, não! -… Se bem que no sul brasileiro tem Adega que lhe serve até polenta nas degustações. Cuidado que engorda!
O único problema nessas degustações, nem todas claro, é que você encontrará ‘cada tipo’ que ‘dá gosto’! São uns ‘caras’ ‘metidos’ pra caramba! 
Cada um mais ‘entendido’ do que o outro. Tem um tipo de pessoa que acha ‘bonitinho’ entender de vinhos; é o ‘enochato’; só ele sabe das ‘coisas’! 
Você pode até ser metido a conhecedor, como eu, mas nunca seja um enochato. Falo sobre vinhos porque gosto muito dessa bebida, (sou quase um ‘vinólatra’). Essa palavra não existia, a inventamos para definir o bom bebedor de vinho. O alcoólatra normal é quase sempre um grande bebedor de cachaça. Sou vinólatra, mas, nem tanto, bebo socialmente! 
-…Posso até beber quatro garrafas sozinho, mas…socialmente!
Bebo vinho pelo menos quatro vezes por semana, lógico que em quantidades moderadas, (não se deve beber mais do que as quatro garrafas em uma refeição, ‘tá’ legal?). – Brincadeira hein!
Procure sempre visitar uma boa adega, não as de supermercados, nesses lugares você encontrará os vinhos fracos, mais baratos e comuns. Antigamente, até 1980, mais ou menos, os supermercados vendiam o branco alemão, de garrafa azul, lembram-se? Nossa, foi uma ‘praga’!Em todas as ‘boas’ festas tinha desse vinho; era um ‘finesse’ danado oferecê-lo! Era ‘docinho’, uma beleza! – Mas os alemães não tomavam esse tipo de vinho nem amarrados; diziam ser ‘porcarrria’! Na Alemanha esse vinho é considerado de baixíssima qualidade.
Nos supermercados existem alguns melhorzinhos, mas esse tipo de comércio faz grandes contratos com as adegas que produzem vinhos ‘mais baratos’ e consequentemente ‘safados’. Normalmente essas vinícolas utilizam ‘restos ou uvas de fraca qualidade, não selecionadas, para fabricarem as ‘encomendas’ dos supermercados’.
Outro modo de ser um ‘entendido’, sobre essa saudável bebida, é visitando as vinícolas. 
Atualmente existem até passeios, (pacotes fechados) para esse fim. Existem na Argentina, no Chile, no vale do Rheno, em Bordeaux/França, na Alsacia/francesa/alemã e até no Brasil. No sul do Brasil há o roteiro do vinho, onde você poder tomar vinhos razoáveis, comer também ospatezinhos, comer polenta frita e outras ‘iguarias’ italianas e alemãs. São todas engordativas, cuidado! Grandes empreendimentos estão sendo construídos ao redor do vinho, no sul do país. Precisarão investir muito para melhorar também o terroir e consequentemente a qualidade dos nossos vinhos brasileiros. Saber fazer eles sabem, mas não temos o terroir bom. Serão ‘parques’ bonitos, mas sem vinhos muito bons!
– Agora, para se conhecer, verdadeiramente, os vinhos…é preciso bebê-los, tudo bem! 
– Ficar só falando e lendo em livros especializados terá somente uma parte da enoteoria. Frequente as degustações pagas, procure as Adegas sérias e se for amigo do dono, ele poderá lhe convidar; e você pagará um ‘precinho camarada’ para uma boa degustação;… mas não se esqueça de comprar pelo menos uma garrafa do vinho demonstrado e degustado. Senão o ‘amigo’ nunca mais o convidará…!
Um passeio muito bonito, agradável e de bom gosto, mas somente os ‘bem sucedidos financeiramente’ podem fazê-lo, é o passeio de barco pelo vale dos rios da Borgonha e do Loire, visitando todas as boas vinícolas da região. Se conseguir fazer isso pode se considerar um verdadeiro entendido e contar para todo o mundo. Isso é ‘coisa’ de gente ‘bacana’, ‘fina’, e de gosto apuradíssimo! – Poucos brasileiros fazem esse passeio. 
Esse é o sonho de todo enófilo.
Aliás, são vários os roteiros do vinho na França, mas mesmo os mais curtos são dispendiosos. Entretanto, o benefício que o custo de um desses passeios nos trazem é excelente! Para quem gosta, verdadeiramente, dessa bebida, vale à pena mesmo que com sacrifícios. Fazer essa viagem, para os amantes do vinho, tem o mesmo sentido que Roma tem para os católicos e a Meca tem para os muçulmanos. Pelo menos uma vez na vida deveria ser feita.
– Uma dessas viagens, a mais barata, sete a oito dias de roteiro, sai em torno de US$ 5,000.00 por pessoa, considerando-se o avião, os barcos e as bebidas, sem os extras, já que as refeições estão incluídas no preço do barco hotel. 
Os melhores roteiros dos vinhos franceses podem ser feitos de carro, por conta própria, ou por pequenos barcos hotéis que navegam pelo Rio Rhône, pelo Rio Loire, e pelos canais diversos que cortam a Borgonha, como os Rios Kir, Saone, Yone e pelo Canal da Borgonha.
– Os melhores são os roteiros organizados por pessoas especializadas e realizados por viaterrestre, considerados de grande luxo: – O passageiro abençoado, sortudo, inteligente e possivelmente rico, porque é preciso estar bem financeiramente para esse roteiro esplêndido, inicia a viagem no seu país de origem em vôo de primeira classe:
– É recebido em Paris, no aeroporto Charles de Gaulle, e conduzido para hotéis de 5 estrelas em carros de alto luxo. Durante todo o trajeto, mais ou menos uns 12 dias completos, ficará hospedado nesses maravilhosos hotéis, quase sempre um Chateau antigo, com serviço de primeiríssima qualidade que poucos mortais conseguem obter, e uma gastronomia esplendida! … Esse custa caro!
– De Paris sai para o norte, para a região de Champagne, depois desce e visita Dijon e degusta os melhores champagnes do mundo. 
– De Champagne é conduzido, sempre por carros de luxo, para o leste visitando na Alsácia francesa os produtores dos ‘Grand Crus’. Poderá degustar o fantástico Gewurztraminer Grand Cru na ‘Vila Gran Cru de Kazenthal’. Essa é a uva de nome incomum que citamos, quando nos referimos a Alsácia.
– Da Alsácia desce para a Borgonha visitando algumas Cotes, como a Domaine Romanèe;Nuit St.George; Aloxe Corton; Cote Rôtie, onde terá a oportunidade de degustar vinhos inesquecíveis.
– Desce para o centro sul da Borgonha, pelo Vale do Rhône, visita a capital Beaune, e é conduzido ao Chateau Clos Chambertin. Conseguirá por fim degustar os maravilhosos vinhos Montrachet, produzidos pelo Domaine Romanèe. – Descerá o Vale do Rhône e será conduzido à região do Châteauneuf du Pape. Deguste aí os vinhos nobres produzidos com asuvas Shiraz, Granache e Mouverdre. – Virará para a direção do Oceano Atlântico e visitará a região de Bordeaux. No caminho passará pelo Chateau de Salles, na região de Armagnac e poderá saborear a deliciosa bebida com o mesmo nome. Já em Bordeaux encontrará as sub-regiões famosas de Pomerol e Sant-Emillion, onde se produz vinhos fantásticos com as uvas Merlot e Cabernet Sauvignon.
– Acima da região de Bordeaux visitará os vinhedos do Vale do Rio Loire que deságua no Atlântico; já o Rio Rhône tem a sua foz no Mar Mediterrâneo.
– Passando por Cognac poderá visitar o Domain Otard e tomar a excelente bebida ali produzida. 
– Dependendo do seu tempo e da grana, poderá ainda fazer um passeio de helicóptero sobrevoando todo o Vale do Loire e admirando uma infinidade de Castelos medievais ou poderá terminar o passeio visitando a Comte Lafond e degustar seus vinhos rosé com queijos de leite de cabra. 
– Isso sim é ser ‘bacana’, fino, de bom gosto! ‘E muito bem financeiramente’!
Há outros passeios e roteiros para visitar a região dos bons vinhedos da Borgonha, Bordeaux, Vale do Loire; pode ir de barco, descendo os rios da Borgonha, de carro alugado ou de ônibus margeando esses rios;…mas o ‘nobre mesmo é o com ‘carro especial e castelos’. Caro e para poucos! Uma viagenzinha dessas custa em torno, (2010) +- Euros 7,000.00 por pessoa para +- 10 dias.
Voltando às degustações pagas, caia fora dos grupos dos ‘muito entendidos e metidos’, porque entender de vinho não tem grandes segredos, não. Demora, mas se aprende! Detenha-se mais ao seu próprio paladar e não dê muita bola para os ‘grandes entendidos’. E prenda-se aos tipos de uvas, não aos nomes indicados, aos rótulos bonitos e finos. – Entretanto, há excelentes empresas que propiciam degustações sérias, boas, gostosas e não muito caras. Procurem entre os bons distribuidores.
Mas, agora, o ‘chique’ são as harmonizações;isso já é ‘coisa’ para enófilos avançados, evoluídos, de bom gosto e refinados: 
– Participam de encontros onde são servidos pratos regionais e internacionais, sempre a maneira ‘francesa’, com requinte. – Normalmente, serve-se, desde a entrada até a tábua de queijos, com vinhos brancos e tintos, principalmente, da região dos pratos servidos. Essa é uma boa pedida para quem quer conhecer os vinhos detalhadamente harmonizando-os com as ‘comidas’;…e um bom modo que os restaurantes bons encontraram para vender seus produtos. – Se Você tem ‘cacife’ para isso, vá em frente porque é, de fato, uma ótima oportunidade para se conhecer novos vinhos e ‘gente’ do mesmo “enomeio”. 
– Vinho é uva, seriedade do produtor, processo, tempo de envelhecimento e boas safras; não importa marcas e as firulas dos ‘Enochatos’ e Enopedantes. Agora existem os profissionais deenogastronomia. Sempre existiu, mas agora virou moda, também. Cuidado, às vezes é pura ‘enrolação’! Mas há profissionais sérios no meio!
Já tem gente ganhando dinheiro como Consultor de Vinhos; cobram uma nota para indicar vinhos que combinem com a comida que será servida em festas. Há profissionais para tudo e há quem os pague, é ou não é? 
– Mas,…cuidado com os vinhos baratinhos, brasileiros e argentinos, está bem?
Principalmente a Argentina, de vez em quando, produzem uns vinhos bem ‘safados’, baratinhos, para vender para o Brasil. Cuidado, porque esses vinhos são iguais aos nossos ruins. Os rótulos e os nomes são bonitos, mas o vinho é ‘sem-vergonha’! – A uva Malbec deles é muito ruim. Francês detesta essa uva!
O negócio é ler bastante, gostar de vinhos, bebê-los sempre que possível, comprando-os ou em degustações pagas ou nos grupos de amigos iniciados em vinhos. 
– E o mais importante é acreditar que os bons vinhos somente podem ser produzidos em lugares onde o terroir é de primeira.
– Não adianta ‘inventar’; sem ‘terroir perfeito’ não há vinho perfeito. 
– E sem beber os vinhos, não os conhecemos, de fato!
VINHO COM COMIDA:
Apesar de não sermos ‘expert’ nas combinações de vinhos com comidas, aí vão algumas dicas. Se bem que a imaginação de cada um é a melhor forma para se escolher o vinho certo.
– Gosto não se discute!
Normalmente, as combinações convencionadas como certas são:
– Carnes vermelhas e comidas com molhos escuros e com tomate: -Tintos
– Caças: -Tintos bem encorpados (tipo merlot ou Shiraz).
– Peixes e frutos do mar: -Brancos. – (Se não gostar de branco pode-se tomar um tinto suave, por exemplo um Pinot-Noir).
(Quando for só mariscos pode ser espumante).
– Bacalhau: -Só tinto encorpado. (tipo vinho verde).
– Carnes brancas, aves, porco, frios embutidos: -Brancos.
– Fondue e Suflês: -Brancos.
– Comidas chinesas e outras orientais: -Rosados suaves…ou branco leve.
Muitas pessoas tomam tanto o tinto como o branco com qualquer comida, e gostam. É como dissemos, depende do paladar de cada um. 
Se você sentir-se bem e não ‘chocar’ o seu ‘paladar’, vá em frente. Entretanto, evite fazer isso na frente de um bom sommellièr. Ele ficará chateado com o gosto brasileiro. Dos enogastrônomos então, não faça nunca!
– Comidas temperadas com vinagre ou limão necessitam de vinhos também ácidos, tipo Chianti. O ideal quando tomar vinho com comidas desse tipo é temperá-las com o próprio vinho, evitando-se ‘choques’ de paladares.
– Saladas não se dão bem com vinhos. Nem comidas temperadas com muito alho e curry. Esses temperos são inimigos do bom vinho. Alguns vinhos produzidos com uva chardonnay suportam melhor a acidez. – Agora, se o vinho for ‘safado’ pode tomar até com ‘buchada’; você ficará doente de qualquer maneira!
– Queijos: – Na festa de ‘queijo e vinho’ “tem que ter vinho tinto e branco”. Para os queijos fortes, tipo: -Roquefort, Gorgonzola, Stilton, etc., o vinho tem que ser Tinto. (Se puder evite o ‘parmesão’,…poucos vinhos gostam dele. Coma-o com cerveja.).
Para os queijos frescos ou suaves, como a Mussarela, o Camembert, e feitos com leite de cabra, o ideal é o vinho branco, com uva Sauvignon Blanc, ou vinho rosé.
– Como na festa de queijo e vinho têm frios,…coma-os com vinho branco.
(As festas deveriam ser chamadas de “Festa do queijo,…e frios”).
– Sobremesa: – Branco suave ou espumante demi sec ou dos doces, tipo Tokaji. Agora, sobremesas com chocolates ficam melhores com Vinho do Porto. Na França come-se muito queijo com vinho do Porto.
– Mas, nunca se esqueça, quando você tiver vontade de comer carne seca, baião de dois, xinxim de bofe ou qualquer outra comida que lhe é estranha,…com vinho,…faça-o com gosto e não dê ‘bola pra torcida’!
Ainda como dica, nunca fique preocupado ou intimidado com as degustações dos vinhos, hoje tão em moda. – Atualmente todo o mundo é metido a conhecedor de vinhos;…inclusive eu. 
-…É uma grande ‘metideza, mas está na ‘onda’! 
Degustar um vinho nada mais é do que experimentá-lo atentamente, mesmo não entendendo nada. Dizem os especialistas que é para notar as qualidades e os defeitos do vinho. É isso de fato, mas sem essas ‘firulas’ dos caras! 
Faça ‘cara’ de entendido. Todos estão na mesma,…e muito poucos conhecem. Procure falar sobre os vinhos caros, porque é chique conhecer os vinhos caríssimos;… eles impressionam mais. Diga que você encontrou um vinho esplêndido, mas dê ênfase nas suas palavras! Fale que tomou um vinho português especialíssimo!
– Por exemplo: -O ‘Pera Manca’ reserva especial. Se tiver bastante dinheiro pode dizer que o comprou, mas se for ‘meio duro’ diga que tomou em alguma degustação paga, porque esse vinho é caro pra caramba! Não tão caro como os Pètrus, os Romanèes- Conti, mas custa em torno de uns US$ 500,00 a garrafa, dependendo do lugar de consumo.
Degustações pagas são o melhores caminhos para se conhecer bons vinhos e não necessitar comprá-los. Existem os inconvenientes, que são os enochatos e os enopedantes, mas de resto é bom, mesmo que seja para ficar ‘tirando sarro’ dos ‘pseudos-entendidos’, habituais desses lugares. – Lógico que também encontramos verdadeiros conhecedores, ‘bons de taça’, mas esses não gostam de aparecer e não ficam falando dos seus conhecimentos e só se manifestam se perguntados. Aí, aguarde uma boa aula sobre o mundo do vinho.
– Para quem mora na região do Morumbi em São Paulo, há uma nova opção de compra de bons vinhos; a EXPAND abriu em 2009 uma bonita loja no Shopping Jardim Sul, onde bons sommelières consultores atendem com conhecimento e prestam um atendimento educado. 
– Lá pode ser encontrado o Vinho brasileiro que recomendamos:- Paralelo 8 da ‘RioSol / Dão’. Prefiram o Cabernet Sauvignon; ao meu gosto é o melhor vinho ‘nacional’. Em torno de US$ 50 a garrafa. – Vale experimentá-lo. (É caro por ser um vinho produzido no país).
– Gosto muito do atendimento da Mistral, loja de vinhos com entrega a domicilio.
Vejamos então como é uma degustação:
– São três as fases principais em uma degustação:
– Podemos fazer as degustações verticais e as horizontais:
– As verticais são as análises degustativas feitas com o mesmo vinho, mas de safras diferentes.
– Já as horizontais são vinhos diferentes, mas sempre com a mesma uva…para melhor se comparar a qualidade.
Normalmente são servidos em torno de 60 ml. de vinho para cada ‘degustador’, isso representa, mais ou menos, um pouco menos de meia taça normal para degustação. (São taças menores, mais ou menos com 130 ml).
Cuidado com os copões que os entendidos lhe sugerem. Há alguns que parecem ‘pinicos’ de tão grandes; são deselegantes como o próprio nome ‘pinico’. Uma taça conveniente deve ter no máximo 150 ml e pode ser bojuda ou não.
As degustações podem ser grandes, médias ou para pequenos grupos: 
-As grandes quando os componentes são de uma confraria ou em festas especiais;…nestes casos precisa-se de vários ajudantes. 
-As médias são para +- 21 pessoas; aí serão preciso 2 (duas) garrafas de cada vinho para que todos sejam servido, contando com o coordenador. 
-Já as pequenas são realizadas com grupos entre 12 e 15 pessoas, e 1 (uma) garrafa de cada vinho é suficiente para todos degustarem.
-… Sempre sobra um ‘chorinho’ para quem quiser um pouquinho mais…
Uma análise correta compreende 3 principais exames:
– Visual: – Coloque a taça contra uma fonte de luz. Se houver turvação o vinho tem problemas; tome assim mesmo, ‘tá’ legal! Verifica-se a cor nessa fase. O bom vinho deve ser brilhante, límpido, claro ou encorpado visualmente.
Mas se for, como dissemos, um vinho bem envelhecido e turvo poderá ser tomado após uma decantação. 
– Se o vinho tinto apresentar uma coloração ‘dourada escura’ é bom. O branco tem que apresentar uma coloração ‘dourada clara’.
– Girando-se, levemente, a taça podemos visualizar as Lágrimas escorrendo. Esse pode ser um indicador sobre o teor alcoólico do vinho; quanto mais alcoólico mais lágrimas são formadas.
– Agora, isso também é um fator ‘físico-químico’ e depende somente dos teores de Glicóis presentes no vinho. Quanto mais glicerol, (subalcoól) formado pelos glicóis, mais rápido as ‘Lágrimas’ descerão. Mais glicerol menos lágrimas. – Quanto mais lentas elas escorrerem maior será o teor alcoólico e a consistência.
– Se não houver lágrima nenhum, o vinho ou é misturado com água ou é vagabundo mesmo!
Um vinho de boa qualidade tem o teor alcoólico em torno de 12 a 13,5%. Acima disso há bons vinhos, mas dá um ‘fogo danado’.
– Olfativo: – É interessante para a harmonização com o paladar; nessa fase podemos determinar a intensidade e a complexidade do vinho. – Mas não cheire muito não, pode ser ‘meio pedante’.
– Gustativo: – Bem, a acidez do vinho é na língua mesmo. Maior o sabor azedo, mais ácido é o vinho.
Sabe-se que cada indivíduo tem as papilas degustativas diferentes uns dos outros, por isso cada um tem uma opinião diferente sobre os resultados de uma degustação. – É por isso que o bom vinho é aquele que gostamos!
– Podemos determinar o teor de tanino livre no vinho, sente-se os ‘naftalenos’ presentes.
– Determinamos o ‘amargor do vinho; isso mostra a força e o envelhecimento do vinho. Quanto mais amargo, menos envelhecido. 
-Determina-se o corpo do vinho;…se é ‘fino’ ou grosso’;…isso a ‘grosso modo’. – Verificamos acomplexidade notadas em toda a língua: Isso parece ‘frescura’, mas é importante.
– Na ponta da língua sentimos o sabor adocicado;… nas laterais a ácidez e na parte posterior o ‘amargor’, o envelhecimento, etc. – Podemos notar a persistência, o tempo que o sabor característico do vinho permanece na boca;
– E por fim o equilíbrio harmônico. Daí notamos a qualidade do vinho, é o conjunto total.
Obs: – Aquela ‘coisa’ de ‘cheirar’ exageradamente o vinho na taça (para sentir o “bouquet”) é a maior frescura… – Ninguém descobre os aromas, mas inventam cheiros de madeira, frutas, fumos e etc. Os aromas do vinho modificam-se com o tempo, devido às alterações do teor de tanino, do ‘gosto’ da madeira do tonel, do ácido málico e de outros ácidos e compostos. 
O mesmo vinho pode ter um ‘cheiro’ hoje e outro amanhã.
O mesmo acontece com o sabor. Normalmente, o aroma de frutas depende do teor de ácido málico. Esse ácido está presente em frutas, como a uva, a maçã, a pera, a banana, a cereja, o morango, etc, etc. > E no mesmo vinho!
O bom vinho tem mesmo é o aroma do carvalho, originário dos barris feitos com essa madeira. Os bons vinhos são envelhecidos em tonéis de carvalho, mas a sua produção é feita em tanques de aço especial. Boas vinícolas não usam mais os grandes tonéis de madeira para a fabricação, mas os mantém para o envelhecimento. – O resto é frescura mesmo!
– Se bem que a frescura que citamos, pode ser amenizada se considerarmos que aharmonização do Olfato com o Paladar pode ajudar na consolidação da complexidade da qualidade do vinho. Então, podemos até cheirá-lo, mas sem nos tornarmos ‘Enopedantes’, ou ‘Enodesagradáveis’: – Esses giram tanto o copo que mais parece um show de malabarismo; e olham sempre para os lados para ver se alguém os observam; são os ‘Enometidos’. 
– Pode dar uma cheiradinha, mas cuidado com o ‘malabarismo’.
Tem gente que acha bonitinho segurar a taça bem na base, com os ‘dedinhos’;… fica meio pedante e é frescura pura. Segurem o copo com firmeza e sem exibicionismo, mas não no corpo do copo.
-…Podem crer, a pior ‘coisa’ que pode acontecer com um iniciado em vinhos é se tornar um ‘Enochato’! Cuidado!
Mas como dizíamos, nas degustações faça cara de entendido e diga:
– “Nossa, que aroma de frutas vermelhas, sinto a framboesa,…madeiras e trufas”. – Agora, se você quiser ‘tirar sarro’, diga: (Sempre rodopiando a taça;…mas cuidado para não derrubar sobre o vizinho): – “Nossa, que aroma de ‘cocô’ de sapo finlandês”!
Alguns acreditarão, e outros o olharão com desdém…
A temperatura ideal dos vinhos depende do gosto de cada um. Dizem que o ideal para os vinhos tintos é de 16 a 18 ºC e para os brancos em torno de 10 ºC. Se bem que temperaturas maiores acentuam o sabor dos vinhos. Os tintos muito ácidos e encorpados podem ter o paladar aliviado se estiver em torno de 20 ºC.
– Cuidado com esse ‘negócio’ de ‘temperatura ambiente’. Os entendidos dizem que o vinho tem que ser tomado na temperatura ambiente. Mas que ambiente? 
– Temperatura ambiente de cada país é diferente uma da outra. – Na Europa, por exemplo, a temperatura ambiente é de 18ºC/médio. No Brasil é de 25ºC/médio. 
Refresque sempre o vinho tinto para em torno de 16ºC quando estiver no verão e em um país de clima tropical, mesmo que lhe digam para tomá-lo ao natural.
-…Tem que ser tomado no natural, mas no ‘natural’ do outono europeu!
Até lavar a taça onde você tomou o vinho tem suas ‘manhas’: – Nunca lave o copo com detergentes normais,…no máximo use um sabão neutro, (pH 7). Resíduos do detergente podem estragar o seu vinho.
– Ah; e em uma degustação nunca fume; além de indelicado com os presentes modifica totalmente o verdadeiro ‘gosto’ do vinho. – E não coma ‘comidas pesadas’ antes de uma degustação. Deixe para comê-las após a degustação, até porque estará com fome, já que o vinho é considerado um grande aperitivo para boas comidas;…além de ser o ‘ator principal’ do banquete.
– Viu só?
Até um grande escritor brasileiro já contou ‘causos’ engraçados e interessantes sobre degustações. 
– Vejamos: – Degustação de vinho em Minas: 
– Hummm…
– Hummm…
– Eca!!!
– Eca?! Quem falou Eca? 
– Fui eu, sô! O senhor num acha que esse vinho tá com um gostim estranho?
– Que é isso?! Ele lembra frutas secas adamascadas, com leve toque de trufas brancas, revelando um retrogosto persistente, mas sutil, que enevoa as papilas de lembranças tropicais atávicas…
– Putaquepariu sô! E o senhor cheirou isso tudo aí no copo?!
– Claro! Sou um enólogo laureado. E o senhor? 
– Cebesta, eu não! Sou isso não senhor!! Mas que isso aqui tá me cheirando iguarzinho à minha egüinha Gertrudes depois da chuva, lá isso tá!
– Ai, que heresia! Valei-me São Mouton Rothschild!
– O senhor me desculpe, mas vi o senhor sacudindo o copo e enfiando o narigão lá dentro. O senhor tá gripado, é?
– Não, meu amigo, são técnicas internacionais de degustação entende? Caso queira, posso ser seu mestre na arte enológica. O senhor aprenderá como segurar a garrafa, sacar a rolha, escolher a taça, deitar o vinho e, então…
– E intão moiá o biscoito, né? Tô fora, seu frutinha adamascada!
– O querido não entendeu. O que eu quero é introduzi-lo no…
– Mais num vai introduzi mais é nunca! Desafasta, coisa ruim! 
– Calma! O senhor precisa conhecer nosso grupo de degustação. Hoje, por exemplo, vamos apreciar uns franceses jovens…
– Hã-hã… Eu sabia que tinha francês nessa história lazarenta…
– O senhor poderia começar com um Beaujolais!
– Num beijo lê, nem beijo lá! Eu sô é home, safardana!
– Então, que tal um mais encorpado?
– Óia lá, ocê tá brincano com fogo..
– Ou, então, um suave fresco!
– Seu moço, tome tento, que a minha mão já tá coçando de vontade de meter um tapa na sua cara desavergonhada!
– Já sei: iniciemos com um brut, curto e duro. O senhor vai gostar!
– Num vô não, fio de um cão! Mas num vô, memo! Num é questão de tamanho e firmeza, não, seu fióte de brabuleta. Meu negócio é outro, qui inté rima com brabuleta…
– Então, vejamos, que tal um aveludado e escorregadio?
– E que tal a mão no pé dovido, hein, seu fióte de Belzebu?
– Pra que esse nervosismo todo? Já sei, o senhor prefere um duro e macio, acertei?
– Eu é qui vô acertá um tapão nas suas venta, cão sarnento! Engulidô de rôia!
– Mole e redondo, com bouquet forte?
– Agora, ocê pulô o corguim! E é um… e é dois… e é treis! Num corre, não, fiodaputa! Vorta aqui que eu te arrebento, sua bicha fedorenta!… 
Luiz Fernando Veríssimo
***
Como guardar os vinhos:
– Os vinhos brancos não devem ser guardados; compre e tome conforme a necessidade. Já os tintos devem ser bem guardados; coloque-os deitados, com pouca luz, pouco barulho e em local bem fresco. Os bons vinhos, bem armazenados, podem durar mais de 100 anos. Normalmente ficam turvos, pela decantação do tanino, mas mesmo assim estarão bons para o consumo.Podem ser tomados mesmo turvos ou decantados em uma jarra de cristal. Atualmente podemos encontrar climatizadores de vinho, nas boas casas do ramo. São como uma pequena geladeira para armazenar seus vinhos na temperatura correta. Deixe os tintos sempre em torno de 14 a 17ºC. Isso de fato é muito bom! Os brancos devem ser mais gelados, entre 10ºC e 12º C.
Os melhores recipientes para se tomar um bom vinho é em taça bem fina, bojuda e sempre de cristal. As taças para se tomar vinhos tintos da Borgonha, França, são mais bojudas do que as normais para se tomar vinhos tintos de outras regiões;… isso também é uma grande frescura, mas é ‘fino’ e ‘bonitinho’ tomar vinho em copos indicados.
Nunca use copo de requeijão! Aí, além de ser macheza exagerada é considerado pobreza extrema, e de espírito…
Os vinhos ruins não devem ser tomados em nenhum copo.E não se esqueçam,…copos menores para água e maiores para vinhos tintos.
Quanto vinho comprar para uma festa, (com fartura!):
– Se você servir somente vinhos, a quantidade deve ser em torno de 1/2 garrafa por pessoa, no mínimo. Se sobrar vá tomando durante a semana seguinte. Agora, para dar uma reduzida no custo da festa do ‘queijo e vinho’, ofereça também uma boa cervejinha. Tem gente que gosta! -Coma o parmesão com a cerveja. Como dissemos, é difícil ‘combinar com ele. E cerveja com vinho é uma boa mistura. Experimente misturar vinho tinto na sua cerveja, fica muito bom! – Aliás, todas as bebidas fermentadas combinam bem entre si. O mesmo acontece com as destiladas. Cachaça misturada com um bom conhaque fica boa também. 
– De resto beba moderadamente, principalmente se for dirigir.
Mas, se o vinho for dos bons, beba bastante e pegue um táxi…
Se o vinho é ‘sem-vergonha’, tome um guaraná ou leve o vinho para casa e tempere as carnes.Mas, cuidado que pode estragar as carnes.
– “Disfarce e diga, educadamente, para o dono do vinho, que você está mal do fígado e não pode tomar vinho”.
– Que pena, fica para outra vez!
Não adianta nada ter boa comida e vinho ruim.
É importante saber que sentiremos o verdadeiro ‘sabor’ do vinho, somente após tomarmos, no mínimo, meia taça. As papilas da língua somente se acostumam com o vinho, (acidez, teor alcoólico, sabor) após se acomodarem com o impacto da bebida. O vinho fica mais gostoso após você ter comido alguma coisa que combine. Experimente! Por exemplo: 
– à tarde, normalmente, os vinhos são mais gostosos que de manhã. Muitas vezes o vinho é bom e suave ao paladar, mas nos primeiros goles nos parece muito ácido ou ‘azedo’. 
– É justamente o que dissemos: 
– Depois dos primeiros goles o vinho bom, fica ‘macio’. Agora, se for ruim irá continuar azedo, forte, e não descerá ‘redondo’. Não é cerveja, mas é a mesma coisa.
Evite tomar vinho ruim, e caso necessite de álcool no corpo tome bastante cerveja, só da boa também, feita com trigo de preferência, ou tome uma boa cachaça.
Melhor não servir vinho, do que servir ‘porcarias’. – Se tomar o fígado irá ficar mal, mesmo!
O vinho tem uma grande importância no ‘RH’, (relações humanas) porque ajuda no convívio educado entre as pessoas. O vinho é uma bebida de convívio! Uma bebida para pessoas educadas! Não é por que cheirá-lo é uma ‘frescura’, que você precisa tomá-lo como um troglodita. Seja o mais normal possível.
Outra ‘coisinha’ desagradável é você ‘dar uma’ de entendido nas casas dos amigos ou na sua própria casa, quando são servidos os vinhos. – Mostre seus conhecimentos, mas sem se tornar um enopedante, porque o seu amigo pode ficar humilhado. Se você ficar ‘girando’ a taça, comentando sobre os ‘cheiros’ de ‘frutas’, ‘madeiras’ e até de ‘xixi de gato’, ‘asfalto molhado’, ‘fumo indiano’ e esses esnobismos sem nexo, possivelmente os seus amigos não mais irão à sua casa, e evitarão lhe convidar para tomar vinhos. No máximo lhes oferecerão uma cervejinha comum, com patezinho, com salaminhos e possivelmente uma ‘sardela’. Melhor comer isso, com vinho! 
– Caras, bocas e conversa de entendido, você deve fazer nas degustações pagas, porque lá encontrará um monte de entendidos,…que estão ali fazendo, também, as suas ‘caras e bocas’. Algumas degustações convidam somente pessoas de bom senso e, praticamente, nenhum é ‘enochato’ ou enopedante.
Se duvidam do que estou dizendo dos enochatos, procurem ir a uma degustação e comprovem! Reparem em alguns ‘tipos’ que lá estão. 
Esses ‘alguns’ são ridículos! – Até o Robert Parker, um conhecido enófilo norte americano, que ganha uma grana preta’ das vinícolas’, dando suas opiniões sobre vinhos bons, nem sempre tão bons assim, já deve ter inventado cada ‘lorota’ que se tornou um verdadeiro enologro. – O povo gosta,…ele disse! (Cá entre nós, esse Robert é um grande enganador!).
Desculpem-nos se fomos incorretamente políticos, conforme pede a cartilha do partido governamental! …’Grana preta’, não! – Deve ser ‘grana afro-descendente’…ou ‘grana morena’,…sei lá, agora ficou difícil escrever e falar, porque do seu lado pode ter um ‘patrulheiro’ dos direitos humanos’! Não se pode mais dizer a ‘palavra preta’, principalmente para as pessoas.
-…Nem ‘uva preta’ podemos dizer mais…
– Isso não tem nada a ver com vinhos, mas se a cartilha se tornar oficial, como procederão as pessoas, principalmente as famosas, que levam no seu nome essas palavras ‘proibidas’ pelo ministro erudito, como por exemplo:
-O Negrão de Lima, o ex-governador e político carioca. Deverá ser, no mínimo, AfroDescendente Grandão de Lima!
– Sem ter muito que fazer, esses senhores, ‘defensores do indefensável’, ficam ‘inventando modas’, ao invés de tomar uma boa taça de vinho, é ou não é? 
As cores não determinam as raças, como querem os ‘racistas enrustidos’, até porque raça nunca existiu! Somos todos da Espécie Animal, e por acaso somos um pouco mais racionais,…o resto é o maior ou menor teor de melanina, transmitido geneticamente através dos tempos, desde que o nosso ancestral, o lindo macaco antropomorfo, o ‘sem rabo’, recebeu o ‘Povo Adâmico’. 
– Desculpem-nos,…isso já é outro assunto!
Agora, certo, certo mesmo, é o vinho ser de razoável para bom, senão o gosto de aditivos, de conservantes, de ‘fragrância de uva’, de ‘concentrados’ e até de ‘corantes alimentícios’, ficarão na sua boca, por um bom tempo! Para não sermos tão implacáveis com os ‘conhecedores formais’ da enologia, podemos aceitar alguns aromas do vinho. Fazer o que, não é?
Que tem aroma tem, mas não os aromas românticos que muitos querem sentir. O vinho, se bem reparado, tem aroma de madeira; é o aroma do barril. Dependendo da madeira, o ‘cheiro’ e gosto serão diferentes, no mesmo vinho. – O vinho tem aromas e paladares diferentes: 
– Primeiro, pelos teores dos ácidos que concentram, pelo teor de tanino, pelos teores dos corantes naturais, e segundo, pelo tempo que ficou engarrafado, os odores e sabores se modificam com o tempo. Hoje o mesmo vinho tem um ‘cheiro’, amanhã pode ter outro. Depende dos resultantes das reações químicas no interior das garrafas, ocasionadas pela temperatura, pela pressão ambiente, pelos gases formados, pelo tempo de armazenamento, enfim por vários motivos. 
-… Não é porque o vinho ‘é bom’ que tem cheiros românticos.
Tem aroma de frutas em algum momento? Tem,…é o vinho ‘frutado’. 
Esses podem lembrar as frutas vermelhas, como a groselha, a cereja e o morango. Quase todos os vinhos produzidos com a uva Pinot Noir, com a Shiraz, podem apresentar esses odores,…mais ou menos! São os teores dos compostos químicos, presentes no vinho, que sugerem esses aromas.
A uva Sirah ou Shiraz, como queira, apresenta, também, uma leve lembrança da ‘pimenta do reino’. Leve, bem leve!
– Os enófilos tradicionais devem estar contentes com as nossas revelações. Já estavam dizendo, ‘pô’ que cara desagradável, está ‘queimando o nosso filme’!
Já a uva cabernet Sauvignon associa-se ao aromático café, ervas finas e chocolate. Enquanto isso, a uva ‘Chardonnay’ sugere o aroma de damasco e pêssego. 
– A alemã ‘Riesling’ é o próprio limão. Lógico, essa uva é muita ácida!
Os vinhos da região do ‘Beuajolais’, na França, normalmente produzidos com a uva ‘gamay e misturas’ podem até lembrar frutas como a pera e a banana. – A explicação é o alto teor de ácido málico, que lembra essas frutas. Esse ácido quando livre no vinho, é desprendido somente após muito tempo de armazenamento. Normalmente o ácido málico reage na fermentação e transforma-se em frutose, daí o sabor de frutas tão propalados pelos ‘giradores e cheiradores de taças’.
-… O mesmo vinho, quando velho, terá aromas e sabores diferentes.
Com um pouquinho de treino e observação podemos diferenciar as uvas que compõe o vinho.Por exemplo, algumas uvas com alto teor de antranilato de metila, (a Isabel e a Clinton entre outras) possuem aromas e sabores desagradáveis! É o verdadeiro ‘vinhão brasileiro’! -…Aquele dos garrafões antigos,…lembram-se? 
Acreditamos que o mais importante é perceber os defeitos do vinho, isso sim. Quando você gosta de um vinho,…ele é bom,…pelos menos para você. Agora, os defeitos deixam todos os vinhos ruins. Por exemplo: 
– Rolhas ressecadas, podres, atingidas por fungos, transformam o vinho em uma cultura de ‘bactérias fedidas’! Cheiram ‘curtume’, ‘bafo de bode’, ‘suor’, ‘pum de bactéria!
Outro defeito desagradável é a sedimentação do tanino do vinho;…o ‘aroma’ fica rançoso. Isso é comum em vinhos ruins;…se bem que vinhos bons também sedimentam o tanino. Quando isso acontece o vinho cheira mal. Nesse caso é só filtrá-lo em um pano branco limpo, deixar decantar mais uma vez, colocar um pouco do mesmo vinho, sem problemas, e aguardar para que o cheiro se desfaça. Algumas vinícolas, pobres e tecnicamente sofríveis, utilizam sulfitos na produção do vinho, para reduzir o tempo de fermentação e para aumentar a resistência ao tempo. Nesses você sentirá, com certeza, o ‘aroma’ de ‘ovo cozido e suas nuances’. Os bons produtores de vinhos nunca colocam sulfitos nos seus vinhos;…só os não muito bons e os que pretendem que seus vinhos durem mais tempo. Sulfito é um sal reduzido de enxofre,…portanto! Se der para ‘cair fora’ deles será ótimo para você.
Por isso é que somos ‘chatos’ com esses ‘aromas e sabores’. – O ‘truque’ é saber diferenciar um bom vinho, produzido com uva varietal de um ‘Vin de Table’, Vin du Pays’, ‘Reservado’, ‘Reserva’, ‘Clube do Sommellièr’ ou o famoso ‘vinho de mesa’. Se puder, também não comprem esses vinhos ‘reservados’ e que tais.
Somente a uva, o terroir, e o processo de produção dá qualidade ao vinho.
Agora, para se conhecer vinhos e uvas é preciso bebê-los, tudo bem!
Uma ‘coisinha’ importante, que os brasileiros e, principalmente, os não afeitos aos bons vinhos não atentam, é a utilização de decantadores para ‘aliviar’ o vinho. Como dissemos, o vinho é uma reação química e toda reação química gera gases, vapores e aromas desagradáveis. Então, compre um decantador de vidro, (um tipo de jarro com base larga) e deixe o seu vinho dar uma ‘descansada’, antes de bebê-lo. 
Só os frascos com bases largas podem ser considerados decantadores, os compridos são jarros.
Caso queira, pode-se levar a garrafa vazia para a mesa. Nunca se esqueça de levar a rolha junto ao vinho. Quem conhece, sabe se o vinho está bom somente pela rolha.
Os melhores vinhos são os ‘varietais’ ou aqueles que identificam a uva e a sua procedência. Quando vamos escolher um vinho, no restaurante, é importante tomarmos alguns cuidados básicos: – Primeiro escolhemos os pratos e depois se tenta combiná-los com os vinhos. 
– O difícil é combinar o vinho com os pratos de todas as pessoas que estão à mesa. Entretanto, se alguns pedem carne vermelha e outros peixes cozidos, por exemplo, o ‘negócio’ é tomar um bom vinho branco encorpado e procurar agradar todos os gostos; ou não se toma vinho; peça uma cervejinha.
Outra coisa importantíssima, e que muitos acham ‘frescura’, é o gesto do garçom em servir um pouquinho de vinho para uma pessoa da mesa, antes de servir os outros. Exijam sempre esse gesto, porque as adegas da maioria dos restaurantes não têm nenhum controle, e se você ‘vacilar’ poderá tomar um vinho ‘avinagrado’. 
E se for, de fato, um franco conhecedor e tiver dinheiro suficiente para pedir um vinho caro e famoso, exija sempre a ajuda do ‘sommelière’. Alguns deles conhecem bem a profissão. Vinho caro e famoso só é encontrado em restaurantes finos, e lá deve ter um sommelière responsável.
Pelo amor a Baco, nunca tome o ‘vinho da casa’; isso pode ser uma ‘fria danada’. 
– Normalmente, o vinho da casa é o vinhão bravo! Salvo, atualmente, em alguns restaurantes de bom nível, os quais estão encomendando os seus vinhos com o nome do restaurante ou do ‘restauranteur’. Alguns desses vinhos podem ser uma boa pedida. Mas…cuidado! – E nunca ‘gire freneticamente’…ou mesmo gire a taça e cheire o vinho; vinho é para ser bebido, nunca ‘cheirado’. – Levemente pode, educadamente, sentir o aroma do vinho ao colocá-lo na boca.
E no final de tudo, o vinho tem que ser considerado, como de fato o é, um produto químico,…é o resultante de reações químicas que ocorrem durante o processo de produção. E o bom desse ‘resultante’ é que muitas substâncias químicas ali contidas são altamente benéficas. 
– Digo isso com um ‘relativo’ conhecimento de causa,…porque sou químico. – Não um grande químico, mas sou;…e essas coisinhas são básicas.
Os grandes aliados de uma boa saúde são os polifenóis. Existem vários tipos de polifenóis, e o mais importante é o Resveratrol, um excelente redutor dos níveis do colesterol ruim,…o’LDL’. E é um grande antioxidante celular.
Como já informamos, a uva Cabernet Sauvignon e Tannat são as que apresentam maiores teores desses polifenóis.
E ainda bem que o vinho é bom em vários aspectos; só não se pode exagerar, senão passa a serbiritagem, alcoolismo bravo. – Se ficar bêbado, mesmo que seja com vinho, ninguémentenderá que você é um ‘vinólatra’,…e não um alcoólatra.
Querem ver como o vinho faz bem? Na falta de apetite, uns goles são um ótimo aperitivo, porque o vinho mexe com as atividades estomacais, com as enzimas, com a salivação e com a estabilização dos ácidos gástricos.
Essa bendita bebida proporciona o bom humor.
O bebedor moderado de vinho fica sempre alegre ao bebê-lo. Quem fica bravo e machão são os bebedores de cachaça vagabunda e alguns cervejeiros. Esses ‘bravos’ são os verdadeiros ‘espalha rodinhas’ e comprometem sua segurança e o respeito com os vizinhos. Você mesmo deve ter pelo menos um amigo que quando bebe fica chato, nervosinho, desagradável e desrespeitoso com os demais. Pode crer que esse amigo já é um alcoólatra, ou está a caminho de sê-lo,…e é bebedor de cachaça, ‘conhacão ou cerveja’. Já, o bom vinho protege até contra o derrame cerebral; ele reduz a produção de proteínas nocivas que contraem os vasos sanguíneos e dificultam a oxigenação das células cerebrais.
E é um maravilhoso agente digestivo. A presença de ácidos como o cinâmico, por exemplo, aumenta a secreção da bílis, das peptoses e do sorbitol, presentes; aumenta consideravelmente as secreções pancreáticas.
Viram como o vinho faz bem para a saúde? Sobre eles ouvimos frases interessantes, entre algumas de caráter chulo. 
– Vejam:
– “Se o vinho não fosse a melhor bebida, Jesus teria transformado a água em cachaça ou cerveja”. – (Essa é meio ‘sacrílega’!).
– Beba o vinho com respeito, ele pode ser mais velho que você”. (Fraquinha!).
– “Vinho ruim e mulher feia são uma desgraça!”. (Isso é bem chulo!).
-…Gostamos de um velho e sábio pensamento francês, que diz:
“La vie est trop courte pour boire de la piquette…”.
(Piquette, nesse caso referindo-se ao vinho, é a tradução de mistura aquosa ou líquido usado em injeção ou ainda coisa desagradável).
E finalmente, a maior verdade sobre essa nossa bebida é:
– A regra fixa mais importante sobre vinhos é saber que sobre vinhos não há regras fixas!
-…OUTRAS BEBIDAS?
– E agora? 
Íamos terminar o nosso sumário por aqui, mas alguns dos meus amigos não gostam e não tomam vinho. Então esse trabalhão que tive para escrever não valeu nada, pelo menos para eles. Tudo bem vá lá, compreendemos que nem todas as pessoas gostam de vinhos. Já disseram que somente as pessoas mais inteligentes é que gostam! – Sem ofensas, isso é só uma constatação da realidade!
Vamos falar um pouquinho sobre os principais drinques, aqueles mais consumidos ou mais famosos,…nos melhores restaurantes do mundo. Cada ‘barman’ tem seu segredo e o seu toque especial para fazer um bom drinque, e esses profissionais não gostam que divulguem esses seus segredos. Lógico que não, o segredo é a ‘alma do seu negócio’!
Mas, já que estamos ‘desmistificando’ os segredos dos vinólatras, vamos comentar sobre a preparação de algumas delícias alcoólicas, apreciadas no mundo todo. Falamos tanto de delícias alcoólicas que alguém pensará que sou mesmo um alcoólatra, um viciadão,…mas já disse que sou vinólatra. E vinólatra é diferente de alcoólatra, o qual só toma cachaça ou cerveja, e da ‘vagabunda’. E que as ‘entidades’ antialcoólicas não pensem que estamos fazendo apologia à bebida, porque não é verdade!
Longe disso, já que alcoólatra, anônimo ou não, é bebedor de pinga…e de pinga não falo, a não ser uma de cachaça de primeiríssima qualidade, com 39% de volume no máximo, muito boa, razoavelmente cara, em torno de US 100.00 a garrafa, e para ser tomada como aperitivo,…só um pouquinho!
– Daremos umas ‘dicas sérias’ sobre os drinques, mas não contem para ninguém, está legal,…senão todo mundo ficará sabendo prepará-los e daí perderá a graça. O ‘gostoso’, o que dá satisfação, de fato, é prepará-los e deixar os convidados com a maior ‘inveja’.
Vejamos os principais:
-‘Marguerita’: – Esse é um dos preferidos, no mundo todo. Um drinque típico do México e do caribe, e era apreciado, até de mais, pelo Ernesto, quer dizer pelo grande escritor Ernest Hemingway, o autor de O velho e o mar. Quando ele morou em Cuba tomava direto,…o dia inteiro, a Marguerita e os Morritos. Dizem que eram essas bebidas que o inspiravam!
– Agora, pegue um cálice com o sumo do limão, (separe umas raspas da casca do limão) um cálice de tequila branca,…da boa, e um cálice de licor de laranja,…de preferência o’Cointreau’. Pode ser outro.
Pique o gelo, bem picadinho, (pode colocá-lo em um pano bem limpo e branco e martelá-lo até virar ‘raspadinha’. Lembram da ‘raspadinha’?).
Antes de tudo,…esparrame sal em um pires,…deixe bem esparramado, pegue uma taça de boca larga,…passe limão na sua borda e ’emborque’-a sobre o sal.
(Está tudo bem explicadinho, hein!).
E finalmente,…misture o suco do limão, com o cointreau, com a tequila e bata em uma coqueteleira. (Como se fosse o ‘chocalho’,…em ritmo de ‘mambo’).
Outro grande segredo dos especialistas é a decoração, o ‘acabamento’ do drinque. Isso fica a cargo de cada um, fica ao gosto do ‘drinqueiro’. Sempre uma folhinha verde agrada a todos. Coloque um raminho de hortelã ou de manjericão, com haste grande, que os seus amigos ficarão impressionados! Rodelas de limão também são ótimas para a ‘decoração’. Se vocês colocarem quatro rodelas finas dentro do copo, nas laterais e bem localizadas, ficará bonito e de bom gosto, além de dar um gostinho no drinque. Mas, não são todas as bebidas que podem ser decoradas com rodelas de limão, ‘tá’ legal!
A Marguerita, por exemplo, não pode. Coloque somente as raspas da casca do limão, pouco, bem pouco mesmo, só para dar um toque especial. – Cuidado ao derramar o conteúdo da coqueteleira no copo, para não tirar o sal que tinha colocado,…’emborcado’,…lembra-se?
Agora sim,…o ‘segredo final’! Esse toque somente os ‘grandes drinqueiros’ conhecem: 
-Pingue quatro gotas de ‘angostura’ no drinque. Isso é coisa de ‘gente fina’,…e caro! 
– Gente fina e com grana,…é outra coisa! Até os drinques ficam diferentes!
-O que,…você não sabe o que é angostura?
-Tudo bem, não é todo mundo que conhece mesmo! Trata-se de um condimento preparado com ervas finas e outras especiarias secretas, que dá um sabor e aromas indescritíveis,…tanto em saladas como em drinques ácidos e outras preparações alimentícias. Aliás, em todos os drinques com destilados pode colocar 4 ou 5 gotas de angostura que ficará muito bom.
Alguns truques para dar uma diferenciada nos drinques são importantes:
– Por exemplo: – Em todos os destilados, além da angostura, pode-se colocar raspas de gengibre e folhas amassadas de manjericão que ficarão diferentes e com excelentes sabores. O gengibre dá um sabor picante no drinque e o manjericão dá a sensação de refrescante.
– Ah, e já que falamos em caipirinha, temos que entender que somente ela pode ser considerada uma bebida brasileira, e sempre com cachaça, hein, porque com vodka é coisa de gringo e sem gosto pelo bom drinque.
– Se for fazer com vodka, pode-se fazer com qualquer outra coisa destilada,…e daí não será caipirinha, nem de longe. Pode ser qualquer outro drinque, mas não se pode compará-lo ou ‘aparentá-lo’ com uma caipirinha. Com vodka não é caipirinha! Pode ser, quando muito, um tipo de ‘daikiri’. Caipirinha não é!
Falando nisso, somente limão com cachaça e açúcar é caipirinha, o resto é drinque normal, mesmo com cachaça.
Por exemplo: – Cachaça com lima da Pérsia fica muito bom;…não esqueça de acrescentar as raspas de gengibre e as folhas de manjericão amassadas.
Qualquer fruta ou concentrado de fruta pode ser adicionada à cachaça, mas será sempre um drinque normal.
– Mesmo a caipirinha verdadeira pode ser incrementada e diferenciada para dar um toque final melhor: – Misture os tipos de limões;…2 terços de limão galego e 1 terço de limão vermelho, (aqueles do interior, que dá como praga). – Alias, esse limão é o melhor para temperar carnes, saladas, etc. – Se tiver lima da Pérsia coloque 1 quarto de uma unidade para cada dose.
Vamos ver o ‘Morritos’:
– Morritos é um tipo desses,…metido a caipirinha,…e dizem que inventada, também, pelo ‘Hemingway’, lá em Cuba,…em uma bar chamado de ‘La bodeguita’.
A única diferença é que ao invés de ‘cachaça’ leva ‘rum’ e hortelã, levemente amassado, junto com o limão. Complete o copo com água cristal ou clube soda. O resto é tudo igual.
-…Não se esqueça das rodelas de limão e do ramo de hortelã.
Que tal um ‘Dry Martini’:
-Esse também é chique pra caramba!
Normalmente é pedido em boates finas, em bares de hotéis estrelados, em casas bem frequentadas:
– Pegue uma taça de cristal, com boca larga. Só pode ser de cristal. Isso é drinque bacana, não é caipirinha, morritos, esses drinques de países pobres, não,…dessas repúblicas de terceiro mundo!
-Coloque na coqueteleira: -40% de ‘Martini Dry’ italiano;…60% de Gin…de preferência inglês; e bastante gelo. Retire o gelo e sirva na taça de cristal,…e coloque a azeitona. Essa azeitona será o toque especial e dará um ótimo sabor. Ponha só uma raspinha de casca de limão. -… Dry Martini sem azeitona também não é Dry Martini.
E, em segredo, escondido dos convidados, coloque três gotas de angostura.
-… E outra dica para os experts e que gostam de ‘dry-martini’: – Tire 20% do gin e acrescente essa quantidade com ‘sumo’ de maça verde;…verão que sabor gratificante…
(Mas não contem para ninguém,…tudo bem!)…
Vejamos um ‘Manhattan’:
-Esse também é coisa fina!
É mais simples. Coloque em uma coqueteleira:
-1/3 de uísque americano ou canadense, tipo ‘blended’,…2/3 de ‘vermute’ Rosso, (tinto) e bastante gelo. Bata bem,…não se esqueça do ritmo norte americano, e retire o gelo. Sirva na taça, também de cristal. As bebidas devem ser sempre de boa procedência. Uísque do bom, canadense mesmo, e o vermute deve ser italiano.
Vamos ver,…um ‘Negroni’: -Esse é conhecido!
Prepare no próprio copo médio: -1/3 de gim;…1/3 de vermute tinto;…1/3 de Campari;…uma fatia de laranja. Mexa bem e decore com casca de laranja.
E um ‘Kir’? -Esse é finíssimo! Pode ser o kir normal, preparado com:
-Vinho branco, uma taça, mais uns 10 ml. de licor de Cassis francês, e gelo a gosto. Agora, o’Kir Royal’ é a mesma coisa, substituindo o vinho branco por champagne. Isso é bom; as mulheres gostam! Mas não se esqueçam que o Cassis tem que ser francês…
Quem quer um Daiquiri? 
– Atualmente todos os coquetéis preparados com rum e frutas, podem ser chamados de ‘daiquiris’. Tem ‘daiquiri’ para todos os gostos. Toma-se muito ‘daiquiri’ no México e no Caribe.
– O ‘daiquiri’ tradicional é preparado assim: (Um morritos sem hortelã).
– Na coqueteleira coloque: -2/3 de rum;…uma dose de suco de limão ou de lima;…uma colher de chá de açúcar de confeiteiro;…bastante gelo. Bata tudo, coe passando para o copo curto ou taça. Adicione uma fatia de limão e enfeite com outra fatia de limão na borda. Se quiser pode colocar a angostura.
Ah!… tem o ‘Bloody Mary’!
Esse já foi muito pedido. São vários os ingredientes: -1/2 dose de suco de limão;…duas gotas de molho de pimenta, de preferência o Tabasco;…duas gotas de molho inglês;…uma pitada de sal;…duas doses de vodka da boa;…gelo à vontade;…suco de tomate à vontade;…um talo de aipo ou de salsão.
Prepare um copo médio,…passe limão e sal na borda,…(emborque-o em um pires com o sal). Misture o suco de limão, a pimenta e o molho inglês. Misture bem, acrescente o sal a gosto, a Vodka e o gelo. – Complete com o suco de tomate e mexa muito bem. – Coloque o talo de aipo dentro do copo.
A famosa Meia de Seda! – Isso dá um fogo bravo! Não é muito ‘chique’! Esse tem que ser preparado no liquidificador: – Separe uma dose e meia de cachaça;…uma dose de leite condensado;…duas gotas de granadine;…duas doses de creme de leite;…gelo moído;…canela em pó;…e uma cereja em conserva. Misture no liquidificador, a cachaça, o creme de leite, o granadine, o leite condensado e o gelo. Bata até congelar. Passe para o copo e espalhe a canela em pó. Decore com a cereja e sirva com um canudo.
Quem não conhece a ‘Piña Colada’?
-Se for a Cancun, de cara lhe oferecerão ‘una piña colada esquisita’. (Esquisita no sentido de gostosa).
Outra vez pegue a coqueteleira, e separe: – Bastante gelo picado;…uma dose e meia de rum;…uma dose de suco de abacaxi;…uma dose de leite de coco; um xícara de café de creme de leite; uma cereja em conserva; uma fatia de abacaxi. – Coloque na coqueteleira, o gelo, o rum, o suco de abacaxi, o leite de coco e o creme de leite. Misture até gelar bem. Coe passandopara um copo largo. Enfeite com a cereja e com a fatia do abacaxi,…que deverão ser comidas ao beber o drinque. Pode ser bebido com canudo.
Não pode faltar o ‘Alexander’!
-Esse era muito bebido nos anos 60, com rock.
Coloque na coqueteleira: -1/3 de dose de creme de leite;…1/3 de dose de conhaque bom;…1/3 de dose de licor de cacau,…(não é o Xavier) e o gelo.
Nos anos 60 também se tomava o ‘Samba’: – Esse é drinque de ‘macho’ e de “pobre”! 
– Em um copo alto misture duas doses de cachaça;…3/4 de coca-cola, cubos de gelo e uma fatia de limão.
Estava esquecendo-me do ‘Whiskey Sour’! – Viram, são todos famosos?
-Misture bem: – Gelo;…uma dose e meia de uísque bom;…uma dose de suco de limão;…e uma dose de vermute tinto. Coe e passe para o copo de uísque. Decore com rodelas de casca de limão. E não se esqueça de colocar sal na borda do copo, se gostar e não tiver pressão alta.
Tem até o ‘Gogó da Ema’: -Experimente! Bata no liquidificador:
-Uma dose de suco de caju, de garrafa;…uma fatia de melão;…suco de quatro limões galegos;…uma dose de mel de abelha;…uma colher das de sopa de açúcar;…uma dose de rum. Sirva com compota de caju. 
– Tomem com muito cuidado, porque esses drinques deixam de fogo.
-Agora chega, é ou não é?
-…O que? Querem uma receita especial de ‘Molho’ para salada ou para ‘molhar’ o churrasco?
Já não é pedir demais, não! Tudo bem, vocês são meus amigos:
-Em uma tigela pequena: -Coloque uma boa quantidade de mostarda amarela, depois misture bem com azeite de oliva até dissolver a mostarda;…coloque em seguida pouco ‘ketchup’ e misture bem, coloque mais um pouco de azeite extra virgem; depois coloque suco de limão, de preferência siciliano ou caipira, a gosto. Misture bem.
– Coloque meio copo de iogurte,…bem devagar e continue misturando. Raspe 1/4 de uma cebola e vá misturando,…coloque um pouco de pasta de alho; e adicione alcaparras bem picadas a gosto;…ponha um pouquinho de vinagre de vinho tinto;…dependendo da consistência coloque um pouco mais de azeite extra virgem; coloque uma ‘pitada’ de açúcar e sal a gosto.
Se ainda estiver azedo, coloque um pouco mais de iogurte ou leite. Se tiver maça, amasse uns pedaços, bem amassados, uma pasta mesmo, e adicione misturando bem. Dá um toque agridoce legal!
– Raspe agora a casca do limão e coloque os ‘fiapos’ no molho. Misture bem.
Coloque um pouquinho de cachaça da boa. Bem pouquinho! E umas 4 gotas de angostura.
-… Só falta vocês pedirem receitas de salgadinhos especiais!
E se forem a Paris, não deixem de visitar o Museu do Vinho:
Um abraço!
I. Boris Vinha.
(Revisado em dezembro de 2015).
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